PAVRAS DE SALVAÇÃO


"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido." (João 10 : 14)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES


Oração pelos sacerdotes


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se transviam no caminho, onde um dia entraram com amor e alegria, e hoje põem em dúvida perante as dificuldades que encontram. Nós Vos imploramos, acudi-lhes! Dissipai-lhes as dúvidas e mostrai-lhes a alegria de ser Vosso.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não rezam, não imploram graça e Luz para as suas dúvidas e tentações, que não pedem perdão pelos seus pecados e que não rezam por aqueles de quem têm responsabilidade. Senhor, para eles imploramos a graça da oração.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se entregam exclusivamente às obras, que vivem no desejo do êxito, que se deixam embalar pelos louvores e descuidam da sua vida espiritual. Para eles, rogamo-Vos perdão, graça e Luz.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se envaidecem do seu saber, que estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao mundo, mas cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que põem em dúvida a Vossa própria Palavra nas Sagradas Escrituras, e assim geram a descrença nos filhos que lhes confiastes. Mostrai-lhes, Senhor, a Vossa Verdade, iluminai-lhes o caminho.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes mundanizados, que apreciam as festas, as comodidades, os luxos e o dinheiro e, por isso, se aproximam apenas das pessoas mais ricas, desprezando os pobres. Perdoai-lhes, Jesus, e mostrai-lhes o Vosso Caminho de pobreza e humildade.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que desprezam o trabalho humilde do confessionário e o atendimento daqueles que os procuram na necessidade de um conselho, que afastam as almas aflitas com palavras de aborrecimento e pressa, que afastam as pessoas da confissão, da qual eles próprios se afastam também. Iluminai-os, nós Vos pedimos, ajudai-os a dominar-se, tocai-os com o Vosso Amor.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se deixam dominar pelos sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir e pelos que são eles próprios a atrair e a seduzir, com palavras de mel, com o Vosso Nome e o de Vossa Santa Mãe nos lábios, enganando incautos, tristes, desanimados e ingénuos, levando-os para o seu próprio pecado oculto. Perdão para eles, Jesus. Perdoai e convertei-os!


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que recusam a Vossa Cruz, e atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações de mau génio ou de preguiça. Mostrai-lhes, Senhor, a Sabedoria da Cruz e enchei-os da Vossa própria paciência.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm cargos de chefia, de destaque, para que exerçam as suas funções com humildade e delas não se envaideçam, mas as usem para Vos servir.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são orientadores de grupos, para que lhes sejam dadas as graças necessárias ao bom desempenho do seu cargo e à sua santificação pessoal.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão no ensino e Vos imploramos para eles a Sabedoria e a Ciência de que necessitam nas Suas funções aliadas a um grande amor por Vós, para comunicarem aos seus alunos.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm de responder perante os meios de comunicação, para que transmitam sabedoria verdadeira.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são superiores de casas religiosas, para que transmitam o Vosso amor a todos os irmãos e cresçam em santidade.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão ligados a grandes obrigações pastorais, para que as exerçam com amor, na total entrega à Vossa Vontade. Enchei-os, Senhor, de sabedoria e de santidade, de Luz e fortaleza.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes encarregados de pregar, para que lhes seja dada a Luz e a pureza necessária aos bons frutos da sua missão.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se vêem rodeados de papéis para analisar, de assuntos para resolver. Acompanhai-os, Senhor, e enchei-os de Sabedoria.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de acção de graças, para os sacerdotes que chegaram ao fim do dia e não tiveram uma hora para estar conVosco. Nós Vos imploramos, ide Vós ter com eles e tocai-lhes o coração com a Vossa graça e o Vosso Amor, para que vejam que a Vossa companhia é melhor que tudo o mais.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que trabalham nos hospitais, para que lhes seja dada a graça de transmitir a paz e a esperança aos doentes e comunicar o Vosso Amor a todos, principalmente aos que vão morrer.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que andam de paróquia em paróquia assoberbados de trabalho. Santificai, Senhor, as suas lides apostólicas com as graças dos Vossos trabalhos e canseiras.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão doentes e para os que são idosos. Concedei-lhes a graça de aproveitarem as suas dores e dificuldades para crescerem em amor e santidade.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são vítimas de intrigas e calúnias. Dai-lhes forças para a sua cruz.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão continuamente rodeados de pessoas que se convencem de que eles são santos e os rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder tempo. Senhor, fazei que eles não Vos percam de vista.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão tentados, em trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais o que fazer da sua vida, para que a Luz de que necessitam lhes seja dada. Tende piedade deles, Senhor!


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que já não têm a verdadeira fé, que se deixaram dominar por ideias falsas e já não acreditam nos sacramentos, não crêem na Vossa Presença Eucarística e admitem as faltas de respeito e os abusos. Jesus, perdão para estes sacerdotes. Mostrai-lhes os seus erros.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não obedecem ao Santo Padre e se afastam da Vossa Igreja. Suplicamo-Vos por eles; fazei-os voltar à obediência à Igreja.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de ter seguido o caminho do Sacerdócio, e para os que estão tentados a deixá-lo. Nós Vos pedimos que lhes deis Luz para verem o caminho e Amor para não o deixarem.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que cederam à tentação, Vos abandonaram, e agora erram pelo caminho do mundo. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento. Nós imploramos que eles voltem.


SENHOR, nós Vos imploramos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de Vos terem abandonado, mas não vêem possibilidades de mudar de vida, pelas responsabilidades que assumiram. Nós Vos pedimos que os envolvais com a Vossa Misericórdia.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não se arrependeram de Vos terem abandonado e fazem gala da sua traição. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento e do perdão.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que resistem, que rezam e trabalham, pelos que cumprem o seu dever, que procuram agradar-Vos e não ao mundo, para que perseverem nessa atitude e avancem, cada vez mais, no caminho da santidade. Sede Vós próprio, Senhor, sempre a sua consolação e a sua alegria.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se afadigam e sofrem muitas necessidades e perigos nas Missões, para que sejam fortalecidos cada vez mais.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes agonizantes e falecidos, para que, pelo Vosso Sangue, sejam purificados e conduzidos ao Vosso Reino.


SENHOR, nós Vos suplicamos Graça, Luz e Amor para todos os sacerdotes, para que eles conduzam até Vós os filhos que lhes confiastes e recebam, finalmente, a coroa de glória no Vosso Reino. Amém

DIA DO PADRE ( 4 DE AGOSTO DE 2010 )

Mensagem do Papa Bento XVI
Dia do Padre


Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação.Ser padre não é uma tarefa fácil! Deixar tudo é entregar-se completamente nas mãos do Senhor pede vocação, força e fé. Muita fé. O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraquezas e também emoções e sentimentos. É claro que, em alguns casos, nem sempre os limites humanos são superados, mas a graça divina e a oração constante são a melhor ajuda para os momentos de dificuldade.O padre precisa de nós tanto quanto nós dele. Precisa do nosso apoio, colaboração e compreensão; precisa do nosso amor, da nossa amizade e de nossas orações. Precisa que rezemos pedindo que Deus o santifique, ampare e console nos instantes de fraqueza; que Deus lhe dê animo e coragem para seguir confiante e com alegria em sua missão.Este dia deve ser repleto de agradecimentos e louvor pelo padre que temos. Deve ser o dia de um abraço caloroso e fraternal, de um “muito obrigado” sincero e de festa. Ter um padre em nossas comunidades é uma benção de Deus e isto precisa ser celebrado com muito amor e alegria.Felicidades a todos os padres. Que Deus sempre os abençoe e guarde, hoje e sempre.

POLÍTICA E SOCIEDADE

O Senado Federal aprovou em segundo turno, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/07, da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que amplia a licença à gestante de 120 para 180 dias. A PEC, que recebeu 62 votos favoráveis e nenhum voto contrário, vai agora à Câmara dos Deputados.
A proposta altera a redação do inciso XVIII do artigo 7º da Constituição. Na prática, estende a todas as trabalhadoras o benefício que havia sido concedido pela Lei 11.770/08 às funcionárias das empresas que aderissem ao Programa Empresa Cidadã. Por essa lei, originada de projeto da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), as empresas que aderissem ao programa teriam benefícios fiscais.
Alguns estados, municípios e empresas do setor público também já haviam ampliado para seis meses a licença de suas servidoras gestantes, o que passará a ser obrigatório caso a Câmara confirme a decisão do Senado.
A PEC foi aprovada em primeiro turno no esforço concentrado do dia 7 de julho. O resultado foi comemorado pelos senadores e pelo público presente nas galerias do Plenário.
A autora da proposta, senadora Rosalba Ciarlini, disse que a PEC foi a primeira proposição que apresentou no Senado, fruto de suas observações quando atuava como médica pediatra.
- Via a angústia das mães quando tinham que voltar ao trabalho. Agora, a mãe vai voltar ao trabalho muito mais produtiva e tranquila, ao passo que a criança terá um desenvolvimento psíquico mais equilibrado e será um cidadão de paz - disse a senadora.

ESPAÇO TEOLÓGICO

O Deus da Revelação como assunto principal da Teologia
1. A Teologia, ciência de Deus e da salvação humana.

2. O questionamento moderno de Deus como objeto principal da ciência teológica.

3. A reflexão sobre Deus e sua repercussão teológica.

4. A inacessibilidade e afastamento de Deus como objeto do pensamento moderno.

5. A centralidade do mistério de Deus para a Teologia cristã.

6. Extensão do objeto da Teologia.

A Teologia, ciência de Deus e da salvação humana.


O interesse principal da Teologia é Deus e sua atividade salvadora em Cristo. É pois uma ciência teocêntrica. Todas suas afirmações são sobre Deus e a partir das afirmações sobre o ser de Deus procura entender suas ações e pretende dar sentido à existência do homem e do mundo.
A Teologia trata de Deus enquanto Deus, isto é, trata do Deus vivo da Revelação, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e de Jacó, o Deus Uno e Trino que se revelou na história da salvação.
“O Deus dos filósofos não é o Deus vivo e pessoal que a Bíblia nos testemunha, mas um fundamento do mundo, um Incondicionado e um Absoluto que não pode ser denominado com um Nome pessoa, mas mediante conceitos abstratos. Ao Deus dos filósofos não se pode rezar. Corresponde, sem dúvida, ao pensamento filosófico uma importante função. Proporciona acessos para a compreensão da fé e mostra que a fé em Deus, sobre passando em muito o puro pensar, não é irracional

“A Deus ninguém o viu jamais: o Filho único, que está no seio do Pai, Ele nos revelou” (Jo. 1,18).


A Teologia depende pois da Revelação dada por Cristo, o Filho Unigênito de Deus.
A Teologia estuda o ser de Deus na medida em que pode ser alcançado. Não esquece que Deus é um profundo mistério, que não pode ser conhecido como os demais objetos de conhecimento. A Teologia trata de Deus tanto em si mesmo, quer dizer, enquanto a sua essência, seus atributos e Pessoas, quanto como princípio e fim de todas as coisas. Diz um adágio antigo sobre a Teologia: “Theologia Deum docet, a Deo docetur, ad Deum ducit”.

O questionamento moderno de Deus como objeto principal da ciência teológica.

A afirmação de que Deus é o assunto central da Teologia foi posta em debate nos últimos anos. A dúvida sobre isso tem dois motivos: a) a perda do sentido cultural e filosófico do termo “Deus”; b) alguns pressupostos epistemológicos modernos, que declaram a Deus como um ser incognoscível e afastado de nós.
Como base dessa segunda postura temos 1) motivos religiosos: Deus seria totalmente transcendente, inacessível (crítica protestante da objetividade de Deus); 2) motivos filosóficos: Deus seria uma construção do pensamento humano, uma idéia (em sentido kantiano, metafisicamente inalcançável); 3) motivos metodológicos: alguns autores afirmam antes de tudo o homem e a sua salvação como aspectos centrais da teologia, colocando a pergunta sobre Deus em segundo lugar.

A reflexão sobre Deus e sua repercussão teológica.

A partir do século XVII a filosofia racionalista vai empobrecendo a concepção cristã sobre Deus. Não é possível aqui descrever todo esse processo, mas daremos os conteúdos fundamentais desse processo.
O processo começou quando a filosofia começou a tratar da mera “idéia de Deus” desligada das afirmações cristãs sobre Deus. O ponto final desse processo é a redução de Deus a uma mera categoria filosófica, cujo conteúdo é afirmado segundo as ideologias do momento. Esse processo termina assim no ateísmo, isto é a negação racional e absoluta da existência de Deus.
Nesse processo Deus foi confundido com o mundo, com o homem, até que se tornou uma idéia sem conteúdo da mente humana. Essas afirmações são sustentadas por filosofias deficientes, parciais. Por exemplo: para Descartes Deus era simplesmente a causa última que garante a ordem física do mundo; para Espinoza havia uma só substância no mundo, Deus ou o mundo; Kant entendia a Deus como uma idéia que serve de pressuposto à ordem moral e à liberdade humana. Hegel falará de um movimento histórico-dialético, no que o Absoluto se faz a si mesmo por infinitos elementos; Nietzsche proclamou a “morte de Deus” e a chegada do “super-homem”, isto é, o homem contemporâneo descartou o conceito de Deus e a partir de agora, o homem movido pela “vontade de poder” vai mover o mundo. Esse autor foi capaz de ver as conseqüências trágicas dessa “morte de Deus” para a humanidade: “que fizemos ao libertar esta terra do seu sol? Para onde ela se move? Para onde nos movemos, longe de todos os sóis? Não estamos caindo? Não vamos dando tombos para trás, para o lado, para adiante, para todos os lados? Há ainda um acima e um abaixo? Não vagamos através dum infinito nada? Não sentimos o espaço vazio? Não faz mais frio? Não anoitece cada vês mais?”

A inacessibilidade e afastamento de Deus como objeto do pensamento moderno.

a) A redução religiosa: tem sua origem em Lutero, que afirmou com toda a força a majestade de Deus e a correlativa insignificância e absoluta carência espiritual do homem. “Deus decidiu ser incognoscível e incompreensível ao margem de Jesus Cristo”, afirmou Lutero. Os homens ignorariam a Deus fora da Revelação e tendem a converte-lo em um ídolo. Não há possibilidade de conhecer a Deus pelas forças humanas somente. A revelação de Deus também não tem caráter especulativo para Lutero: “aquilo ao que se adere e se abandona o teu coração é propriamente teu deus.Outro autor protestante (calvinista) que afirma de forma absoluta a transcendência divina e Karl Barth (1886-1968). Esse autor tem uma obra monumental. Para ele, Deus é o “Absolutamente Outro”. O Deus da fé cristã é um Deus que fala e a única resposta adequada por parte do homem é a obediência. Não haveria para ele nenhuma caminho que vai do homem a Deus, só há a via recorrida por Deus que fala ao homem. O homem não pode conhecer nada de Deus por si mesmo, exceto o que ele mesmo revelou.

b) A redução filosófica: o filósofo moderno Immanuel Kant (1724-1804) apresentou de forma mais sistemática a incognoscibilidade metafísica de Deus para a razão humana. Sua filosofia exerceu enorme influência na filosofia e teologia contemporâneas. Na Critica da Razão Pura ele concluiu que o único conhecimento válido resulta da união de sensibilidade e entendimento ordenados pela atividade sintética a priori do entendimento. Deus para ele não pode ser conhecido pela razão, não pode ser objeto de estudo científico, é uma mera idéia da razão, cuja existência não resulta racionalmente demonstrável. Kant postula Deus como necessidade para a razão prática, como garantia da ordem moral. O sistema kantiano é a base da chamada “perda do objeto teológico”.

c) A redução antropológica: está presente na obra do filósofo Schleiermacher e também tem muitos efeitos na filosofia e teologia contemporâneas. O filósofo Martin Heidegger (1889-1976) reelaborou essa filosofia e trouxe graves conseqüências para a teologia. Segundo eles, a pergunta pelo homem é entendida como o único modo possível de apresentar a pergunta de Deus.
O teólogo que assumiu essa postura e a apresentou teologicamente é o luterano Rudolf Bultmann (1889-1976). Esse autor nos apresentou uma radical interiorização da mensagem evangélica, eliminando do crisitianismo todo o valor do tempo, do mundo, da história. A Revelação não é concebida como algo exterior à consciência do homem, mas seria um processo subjetivo de auto-compreensão e, mediante o kerygma, se percebe como salvo pela fé em Jesus. A cruz e a ressurreição deixam de ser eventos históricos e passam a ser algo que Deus causa na existência do crente. O centro dessa teologia é pois uma “tradução“, que elimina todo o conteúdo transcendente de fé cristã para converte-las em elementos imanentes (para fazer o cristianismo algo científico). Na teologia bultmaniana o objeto humano absorve o elemento divino da teologia. Dessa forma, em algumas áreas da teologia contemporânea se deixa de estudar a Deus e se passa a investigar se existe no homem as condições epistemológicas para conhecer a Deus e para entender o que nos diz a Bíblia. A teologia deixa assim de ter a Deus como objeto e passa a não ir mais além do homem.
Outro teólogo que quis levar esse projeto adiante foi o católico Karl Rahner (1904-1984): esse autor se esforçou para “mostrar que a teologia dogmática hoje deve ser uma antropologia teológica, e que o ‘giro antropológico’ é necessário e frutífero”. Ele queria uma reflexão teológica que resultasse significativa para o homem moderno, isto é, a teologia deve partir da antropologia transcendental kantiana.
A centralidade do mistério de Deus para a Teologia cristã:
A Teologia da Igreja parte da consciência de que a experiência bíblica sobre o Deus vivo dispõe de uma linguagem suficientemente clara e acessível à razão humana. Está consciente que Deus é um mistério, que nosso conhecimento é parcial, mas é verdadeiro conhecimento de Deus. A Teologia cristã não admite que a noção de Deus pode ser absorvida nos nossos discursos humanos. “Deus semper maior” afirmava Santo Agostinho, numa expressão clássica e admitida por todos os teólogos de bom senso. A verdadeira Teologia se esforça sempre por conhecer a Deus e não um ídolo.

Extensão do objeto da Teologia.

Já dizia Santo Tomás na Suma Teológica:

“Deus é o objeto desta ciência, porque o objeto está para a ciência como para a potência ou hábito. Ora, propriamente, é considerado objeto de potência ou hábito aquilo sob cujo aspecto se lhes refere qualquer coisa. Donde, referindo-se à vista, enquanto coloridos, o homem e a pedra, é a cor o objeto próprio da vista. Ora, a sagrada doutrina tudo trata com referência a Deus, por tratar ou do mesmo Deus ou das coisas que lhe digam respeito, como princípio ou fim. Pelo que, é Deus, verdadeiramente, o objeto desta ciência – o que também se demonstra pelos princípios da dita ciência, ou artigos da fé, de que Deus é objeto. Ora, idêntico objeto têm os princípios e toda a ciência, por estar a última, total e virtualmente, contida nos princípios. – Certos, porém, atendendo às matérias tratadas e não ao ponto-de-vista, a esta ciência assinalaram outro objeto; como, a realidade e os símbolos, ou as obras da reparação; ou todo Cristo, isto é, a cabeça e os membros. E, com efeito, são consideradas nesta ciência todas essas matérias, se bem com relação a Deus”.

ESPAÇO CNBB ( NOTÍCIAS )

SEMINARISTA É MORTO A TIROS NO CENTRO DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO
No próximo dia 4, a Coordenação Diocesana de Pastoral, a Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz, a Pastoral da Comunicação Diocesana, o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio e a paróquia São Pantaleão, todos situados em São Luiz (MA), farão uma marcha lembrando os 30 dias do assassinato do seminarista Mário Dayvit.
O seminarista foi morto na noite do dia 4, quando saía de casa, na Rua São Pantaleão, Centro de São Luiz. Ele estava acompanhado da avó, com quem morava. Mário foi morto com tiros altura dos pulmões e coração.
Leia abaixo a carta enviada pelos organizadores do evento:
Marcha contra a Violência Urbana e pela Revitalização de São Luís
Dia 4 de agosto, às 16.00h
Concentração na frente da Igreja da Sé
Reviveremos o trigésimo dia do assassinato do seminarista Mário Dayvit, cuja vida foi barbaramente tirada, na porta da casa de seus pais, quando se encontrava em companhia de sua avó.
Mário era um jovem de grandes sonhos, com sua ordenação ao diaconato marcada para o dia 4 de fevereiro do próximo ano. Conhecido pela sua dedicação à Igreja Católica, Mário respondia, com muita responsabilidade, pelo serviço de comunicação da Arquidiocese de São Luís.
Esta tragédia que aconteceu com Mário, como com tantos outros jovens que morrem, diariamente, é o clamor para que nos unamos em torno de um Projeto de Cultura da Paz.
A violência presente em nossas ruas do Centro de São Luís, intimamente ligada ao abandono do Centro Histórico, ao esvaziamento de suas ruas e casarões, exige uma tomada de posição concreta das autoridades, que vêm sendo cobradas, a cada dia, pela mídia local, entidades da sociedade civil e pela Igreja Católica.
Nós queremos vida e segurança para todos, a partir do Centro Histórico da Capital do Maranhão, São Luís, reconhecida como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, mas que não está no centro da atenção e dos cuidados dos órgãos públicos da Prefeitura e do Governo do Estado.
Venha participar dessa Marcha da Paz, trazendo faixas de apelo por uma sociedade de paz e denúncia de violências em nossas comunidades.
Divulgue este ato e anime sua comunidade a se fazer presente no dia 4 de agosto, às 16.00h
Percurso: Concentração em frente da Igreja da Sé, em direção ao Tribunal de Justiça; rua Grande; rua do Passeio; Cajazeiras, rua de São Pantaleão, finalizando a caminhada da paz na Igreja de São Pantaleão, onde acontecerá a Celebração da Missa de Trigésimo, às 18.00h, em memória de Mário Dayvit e de todas as vítimas da violência.

ESPAÇO FILOSÓFICO

Sociedade: Sinônimo de Proteção?

Cena comum do cotidiano de qualquer paulistano: alguém chega e conta que teve o carro furtado ou roubado. Se tem seguro, menos mal. Porém, se não tem, o prejuízo é grande. Não é incomum que alguém se admire da pessoa ter adquirido um carro sem seguro. Mas, na verdade, temos de nos admirar de habituarmo-nos a viver em uma sociedade assim, em que para termos um automóvel, obrigatoriamente, temos de mantê-lo no seguro.
As pessoas deixam de sair à noite, mudam seus trajetos para evitar ruas ou lugares perigosos, param nos semáforos com medo, colocam grades nas janelas, blindam seus carros... como se isto fosse o natural, como se fizesse parte da vida em sociedade. Quando a idéia primeira de viver em sociedade é a de proteção das pessoas.
As primeiras pessoas que se uniram em grupos, fizeram-no com o intuito de se protegerem mutuamente, não apenas dos perigos da própria natureza, mas também de grupos rivais. Mais tarde, surgiu a figura do Estado, chamando para si o direito de punir como forma de garantir a segurança das relações sócio-jurídicas e neste momento, da gênese do Estado como garantidor do bem comum, as pessoas abriram mão de uma parte de sua liberdade como contrapartida da almejada segurança . Assim, a noção de vida em sociedade só se justifica se houver a garantia de segurança.
Mas, atualmente, viver em sociedade, pelo menos neste momento nas grandes cidades brasileiras, tornou-se o avesso disto. A violência domina as conversas cotidianas, rege a vida das pessoas, obrigando-as a mudar sua rotina e serve, também, de mote para que políticos inescrupulosos usem-na como palanque eleitoral.
Faz-se premente que o Estado, ou as pessoas que lhe fazem as vezes, tomem a iniciativa de refazer o pacto social. Cada vez que um cidadão experimenta sensação de insegurança, da ausência do Estado protetor, abrem-se as portas para o desrespeito à lei e à ordem imposta, pois ele sente-se só, deixado à própria sorte e, por outro lado, aquele que infringiu a lei e viu-se impune, sente-se livre para continuar a agir.
Reza o texto constitucional que a segurança é um direito social. Direitos sociais são comandos para o Estado, são diretrizes que o Estado traçou para si mesmo, e, quando ele próprio não cumpre suas determinações é um exemplo para que seus comandados também não o façam.
Apenas medidas concretas e efetivas demonstrarão à sociedade que o pacto social não foi rompido. Ignorar a carência destas por mais tempo e postergar as providências necessárias, é furtar-se ao dever precípuo de Estado.

EVANGELHO DO DIA ( Mt 15, 21-28 )

Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananéia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: "Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!" 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: "Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós".24Jesus respondeu: "Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel". 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: "Senhor, socorre-me!" 26Jesus lhe disse: "Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos".27A mulher insistiu: "É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!" 28Diante disso, Jesus lhe disse: "Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!" E desde aquele momento sua filha ficou curada. Palavra da Salvação/ Glória a vós Senhor!

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Na primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos, provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os pagãos. Acreditavam ser os destinatários exclusivos da Boa Nova cristã. Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino anunciado por Jesus.
Foi preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do Mestre em relação à fé dos pagãos.
O episódio da mulher cananéia prestou-se bem para esta finalidade. A mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha atormentada por um demônio. Por isso, não se intimidou diante dos discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo. Nem a má-vontade daqueles, nem a dureza das palavras do Mestre foram suficientemente fortes para fazê-la esmorecer.
Os discípulos queriam ver-se livres daquela mulher importuna. Sua gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem a Jesus que a mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse atendido por ele.
Jesus, por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o ponto de usar o termo “cães”, com que os judeus costumavam chamar os pagãos. Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo realizado o desejo da mulher pagã.
Como Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas da comunidade.

SANTO DO DIA

João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma se tornou o melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os insignificantes para confundir os grandes". Ele nasceu em 08 de maio de 1786, no povoado de Dardilly ao norte de Lion, França. Seus pais, Mateus e Maria, tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de freqüentar a Igreja e desde a infância dizia que desejava ser um sacerdote.
Vianney, só foi para a escola na adolescência, quando criaram uma na sua aldeia, que freqüentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando se alfabetizou e aprendeu a ler e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional. Para seguir a vida religiosa, teve enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade, ele foi para o seminário de Écully, onde os obstáculos eram devido a sua falta de instrução.
Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os companheiros nos estudos, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto, era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém, para Deus ele era um homem extraordinário e foi através deste apostolado que o dom do Espírito Santo se manifestou sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve.
Durante o seu aprendizado em Ecully, o Abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isto porque, nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lion, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não praticantes e afamados pela violência. Por isso, a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas. Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava seus livros. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu à um menino pastor dizendo: "Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu". Hoje um monumento na entrada da cidade lembra este encontro.
Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam se confessar, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo. Na paróquia fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles.
A fama de seus dons e santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars, com um só objetivo: ver o Cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem que esperar horas, ou dias inteiros, assim o local tornou-se um centro de peregrinações. O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 04 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo Papa Pio XI em 1925, já era venerado como Santo. O seu corpo incorrupto, se encontra na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande Santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja "padroeiro dos sacerdotes" e o dia de sua festa, em 04 de agosto, escolhido para celebrar o "dia do padre".

terça-feira, 3 de agosto de 2010

EVANGELHO DO DIA ( 14,22-36 )

Depois que a multidão comera até saciar-se, 22Jesus mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente, para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra, era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: "É um fantasma". E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: "Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!" 28Então Pedro lhe disse: "Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água". 29E Jesus respondeu: "Vem!" Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: "Senhor, salva-me!" 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: "Homem fraco na fé, por que duvidaste?" 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: "Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!"
34Após a travessia, desembarcaram em Genesaré. 35Os habitantes daquele lugar reconheceram Jesus e espalharam a notícia por toda a região. Então levaram a ele todos os doentes; 36e pediam que pudessem, ao menos, tocar a barra de sua veste. E todos os que a tocaram, ficaram curados. Palavra da Salvação/Glória a vós Senhor!

REFLEXÃO DO EVANGELHO

A censura de Jesus a Pedro por ter duvidado estende-se também aos demais discípulos. Afinal, a fé pequena do líder expressava a situação do grupo inteiro. Como Pedro, os demais ainda não tinham chegado a consagrar-se inteiramente a Jesus, depositando nele uma confiança inabalável, mormente nos momentos de dificuldade. Daí o risco de serem tragados pelas ondas das perseguições e das adversidades.
O simples fato de conviver com o Mestre era insuficiente para fazer a fé penetrar no coração dos discípulos. A adesão efetiva exigia muito mais. Não bastava deixar-se encantar pela sublimidade de seus ensinamentos nem se empolgar diante da grandiosidade de seus milagres. Era necessário deixar-se transformar por suas palavras, e descobrir, para além dos milagres, a identidade messiânica de Jesus e buscar imitar seu modo de proceder. Só assim a fé se torna consistente, capaz de superar as provações.
Por outro lado, a censura de Jesus é um alerta para os líderes da comunidade. Também eles poderiam padecer de uma fé inconsistente, a ponto de correr o risco de sucumbir nos momentos de provação. Sendo severos com quem dava os primeiros passos da fé, deveriam ter suficiente humildade para reconhecer sua própria condição. Afinal, também eles poderiam vir a fracassar no seu testemunho de fé.

SANTO DO DIA

Os apóstolos Silas, Timóteo e Lucas acompanhavam Paulo em sua segunda missão na Europa, quando chegaram em Filipos, uma das principais cidades da Macedônia, que desfrutava de direitos de colônia romana. Lá encontraram uma mulher que lhes foi de grande valor.
Eles já haviam passado alguns dias na cidade. Mas Paulo e seus companheiros pensavam em ficar até o sábado, pelo menos, pois era o dia em que os correligionários judeus se reuniriam para as orações. Como Filipos não tinha sinagoga, o local mais provável para o encontro seria às margens do pequeno rio Gangas, que passava fora da porta da cidade.
Assim entendendo, ao procurarem o lugar ideal para suas preces, como nos narra são Lucas nos Atos dos Apóstolos, eles foram para lá e começaram a falar com as mulheres que já estavam reunidas. Entre elas estava Lídia, uma comerciante de púrpura, nascida em Tiatira, na Ásia.
Ela escutava com muita atenção, pois não era pagã idólatra, acreditava em Deus, o que quer dizer que tinha se convertido à fé dos judeus. E o Senhor abrira o seu coração para que aderisse às palavras de Paulo.
Lídia era uma proprietária de sucesso, rica, influente e popular, exercendo sua liderança entre os filipenses e, principalmente, dentro da própria família. Isso porque a púrpura era um corante usado em tecidos finos, como a seda e a lã de qualidade. Na época, o tecido já tingido era chamado de púrpura, e o mais valioso existente. Usado como símbolo de alta posição social, era consumido apenas pela elite das cortes.
Quando terminou a pregação, Lídia tornou-se cristã. Com o seu testemunho, conseguiu converter e batizar toda a sua família. Depois disto, ela os convidou: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar.
Esta, com certeza, foi a primeira e maior conquista dos primeiros apóstolos de Cristo. A casa de Lídia tornou-se a primeira Igreja católica no solo europeu.
Lídia usou todo o seu prestígio social, sucesso comercial e poder de sua liderança para, junto de outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo, assim, a Boa-Nova entre os filipenses. A importância de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o Ocidente que cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de amizade cristã entre eles.
O culto a santa Lídia é uma tradição cristã das mais antigas de que a Igreja Católica tem notícia. A sua veneração é respeitada, pois seus atos são sinais evidentes de sua santidade. Considerada a Padroeira dos Tintureiros, santa Lídia é festejada no dia 3 de agosto.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

HUMORCRISTÃO





















PORTUGUÊS PESCANDO
Um gaucho e um portugues estavam pescando. O gaucho pescva um monte de pexe e o portugues não pescava nada.o portugues então perguntou:-Como vc pega tanto pexe?-Eu pego, corto um pedaço do tico e iscoO portugue faz o mesmo e logo sai com um peixe enorme. O gaucho fica curioso e pergunta- o que aconteceu que tu já ta saindo- acabo a "isca"
NÚMERO ERRADO
TRIIM!!! Toca o telefone na sapataria do português e ele fala:- Alô! Casa de Calçados do Joaquim.- Como? Casa de Calçados? - espantou -se o rapaz do outro lado da linha...- É sim! - confirmou o português.- Desculpe, me enganei de número!- Não tem problema! Traz aqui que eu troco!

POLÍTICA E SOCIEDADE

Aécio tem 70% das intenções de voto ao Senado em MG, diz Ibope
Pesquisa Ibope divulga sobre a intenção de voto para o Senado de Minas Gerais mostra o ex-governador Aécio Neves (PSDB) com 70% das intenções de voto. A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo.

ESPAÇO TEOLÓGICO ( MORAL)

Para esclarecer algumas questões fundamentais sobre o início da vida humana entrevistamos o coordenador da Pós-graduação em Bioética da PUC-Rio, Prof. André Marcelo M. Soares, que é filósofo e doutor em Teologia com pós-doutorado em Bioética. Além disso, é membro do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Instituto Nacional de Câncer (INCA), membro da Comissão de Bioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e membro da Equipe de Apoio da Seção Vida do Consejo Episcopal Latinoamericano (CELAM).


1. Por que a vida humana deve ser respeitada sempre?

R.: Ao falar de vida humana, não estamos apontando simplesmente para a constituição de sua identidade genética, distinta de qualquer outro ser. O que torna a vida humana diferente da vida dos demais seres vivos é o fato dela poder ser definida não só por sua dimensão biológica, mas também por sua dimensão espiritual. Essa dimensão se concretiza naquilo que chamamos de pessoa, que tem um sentido que ultrapassa todas as esferas fisiológicas. Por pessoa humana entendemos a vida desde sua origem. Pois, desde a concepção, a vida humana possui todas as potencialidades para se desenvolver no ser humano que estamos acostumados a ver em nós e nos outros que convivem conosco no dia a dia. Aquele ser que acabou de ser gerado não é uma vida em potencial, mas uma vida humana com potencialidades, tanto fisiológicas quanto espirituais. É verdade que somos seres biológicos, mas não seríamos humanos se não possuíssemos uma dimensão reflexiva, social, cultural, política e espiritual. Afinal, a vida humana não pode ser reduzida a um conjunto de células, pois o que somos hoje se deve ao que ocorreu no dia em que fomos concebidos.


2. O que é um embrião humano?

R: Trata-se do indivíduo que se forma após a concepção, ou seja, no momento da fusão entre as células reprodutivas masculina (espermatozóide) e feminina (óvulo). O embrião passa por alguns estágios de desenvolvimento. O primeiro deles chamamos de zigoto, célula que se forma depois da fusão entre o espermatozóide e o óvulo. A seguir, inicia-se uma lenta viagem da Trompa de Falloppio para o útero. Neste momento, começa a ocorrer no zigoto uma divisão celular, fazendo surgir, depois das 30 horas da fecundação, dois blastômeros (duas células). Entre 40 e 50 horas, já são quatro blastômeros e por volta das 60 horas já são oito. Durante a viagem até o útero, o ovo (célula resultante da fusão entre espermatozóide e óvulo) passa de 12 para 32 células, estágio chamado de mórula (massa esférica cheia de células parecida com uma amora) e no quinto dia, agora no estágio de blastocisto, se fixa na parede do útero (processo conhecido por nidação), onde passa a se desenvolver até o nascimento.

3. O que é um feto humano?


R.: É o último estágio de desenvolvimento embrionário e é alcançado na oitava semana de gestação até a ocasião do nascimento.

4. O embrião ou feto humano pode ser sacrificado para beneficiar um outro ser humano?


R.: Não. Pois não há como afirmar, de modo absoluto, que “há mais vida humana” em um adulto ou em todo aquele já nascido, do que em um embrião ou feto. A dignidade que a vida humana possui em seu estágio adulto é a mesma em seu período de vida intra-uterina. Sendo assim, uma vida não pode ser utilizada como um mero instrumento de reposição para beneficiar outra. Destruir a vida de um embrião ou feto é destruir a vida de um semelhante. Não podemos afirmar que o embrião ou o feto não é um de nós. É preciso não confundir o valor da vida com o valor que cada um dá a sua própria vida. Embora muitos não valorizem a vida humana, o fato é que seu valor independe do modo de vida que cada indivíduo escolheu para si.

5. Fala-se em “interromper a gravidez”. É o mesmo que aborto?

R.: A palavra aborto vem do latim (aborior) e significa morrer antes do nascimento. O aborto pode ser espontâneo ou provocado. No primeiro caso não é desejada pela mãe a interrupção da gravidez. Este tipo de aborto pode ser causado por uma série de distúrbios próprios do organismo da mãe ou do desenvolvimento do embrião. Já no segundo caso, o do aborto provocado, ocorre quando há um desejo da mãe de não levar adiante a gravidez. Neste caso, ela recorre a alguma técnica cirúrgica (aspiração, embriotomia etc) ou farmacológica (pílula do dia seguinte, pílula RU486 etc) para interromper a evolução embrionária. Desta forma, podemos dizer que a interrupção da gravidez sempre decorre de um aborto, espontâneo ou não.

6. Que são células-tronco? Para que servem?

R.: Células-tronco são células indiferenciadas, ou seja, aquelas que por estarem presentes no embrião desde a sua primeiríssima fase, até seu estágio de mórula, ainda não receberam uma função específica para ser desempenhada no organismo. Estas células são como um “tronco”, do qual vão sendo originadas todas as células especializadas (hemácias, leucócitos, neurônios etc) e, portanto, diferenciadas. Neste sentido, toda linhagem celular e tecidos são originados pelas células-tronco. Elas são as responsáveis pelo desenvolvimento de todo o organismo. Atualmente, alguns cientistas desejam utilizar as células-tronco para salvar vidas. O problema moral está no fato de que para isto ocorrer será necessário interromper a gravidez e eliminar o embrião.

7. Distinguem-se células-tronco embrionárias das células-tronco adultas. Em que consiste a diferença?

R.: As células-tronco embrionárias (aquelas que se encontram no organismo desde a primeira fase do desenvolvimento do embrião) são consideradas totipotentes, porque juntas ou separadas têm um potencial para produzirem todo o desenvolvimento do organismo. Todavia, nas fases que sucederão a formação da mórula, as células vão se diferenciando e passam a ter potencialidades bem distintas, assumindo funções especializadas no organismo. Deste modo, elas perdem sua condição de totipotência e passam a ser pluripotentes. As células-tronco pluripotentes são as responsáveis pela formação dos tecidos presentes no organismo adulto, mas isoladas jamais podem dar origem ao organismo todo, o que só ocorre na qualidade de totipotência. O período de pluripotência é limitado. Pois do oitavo ao décimo quarto dia, vão se formando três camadas celulares (endoderma, ectoderma e mesoderma). Destas camadas são originados os tecidos, os órgãos internos, os órgãos externos e as células reprodutivas. Nesta fase, as células-tronco passam a ser multipotentes, ou seja, sua função dentro da formação do organismo já está determinada. As chamadas células-tronco adultas são multipotentes, podendo dar origem ao tecido celular onde residem. Em algumas regiões do organismo (medula óssea, placenta e sangue do cordão umbilical, por exemplo) é possível encontrar células-tronco especializadas com um bom potencial de adaptabilidade. Com a aplicação da técnica adequada, estas células podem servir na regeneração de tecidos celulares distintos. Este procedimento é eticamente aceitável, porque nele não se faz necessário à interrupção da gravidez e a morte do embrião.

8. Em termos de utilidade para a biomedicina e o bem estar das pessoas, há diferenças significativas entre elas?

R.: As células-tronco embrionárias, por serem totipotentes, têm uma capacidade ilimitada de se tornarem qualquer tecido. Por outro lado, elas podem apresentar sérios problemas de compatibilidade. Já as células-tronco adultas estão presentes no organismo em pequena quantidade e nem sempre se proliferam in vitro, porém não apresentam as complicações decorrentes da rejeição, pelo fato de serem retiradas de um indivíduo para serem utilizadas nele próprio. Além disso, não há diferenças significativas entre elas para o uso terapêutico. A única diferença se dá no território da ética.

9. Por que se diz que é inaceitável a manipulação das células-tronco embrionárias, enquanto se aceita o uso das células-tronco adultas?

R.: Todo o problema moral em torno do uso das células-tronco embrionárias (totipotentes) está no fato de que para sua obtenção é necessário que se interrompa o desenvolvimento do embrião, causando, assim, um aborto. Já as células-tronco adultas podem ser retiradas do ser humano sem a necessidade de destruir o embrião.

10. Quais as conseqüências do uso de embriões humanos para o futuro da humanidade?

R.: É uma falácia acreditar que sem o uso de embriões não será possível avançar na descoberta da cura de doenças. É preciso observar que conseguimos alcançar, até este ponto da evolução científica e tecnológica, a solução para diversos males, sem nunca ter necessitado utilizar embriões. Até hoje não se sabe, ao certo, o que decorre da utilização de células-tronco embrionárias num ser humano. Pesquisas realizadas em animais apresentaram, após o tratamento com células-tronco embrionárias, o aparecimento de tumores e a formação de verdadeiras aberrações. O uso de embriões pode trazer, contrariamente do que tem sido afirmado levianamente na mídia, uma série de prejuízos no campo da saúde e da moral. Os defensores do uso de embriões partem sempre de premissas relativistas e utilitaristas. A vida começa na fecundação. Isso é evidente e não é relativo. Interromper o desenvolvimento de um embrião é interromper uma vida em formação. Isso é evidente e não é relativo. Usar embriões para fins aparentemente beneficentes é uma violação da dignidade humana. Afinal ninguém, de bom senso, mata um bebê para lhe tirar o fígado ou coração como propósito de salvar outra vida. Quem possui este bom senso sabe também que o bebê está em desenvolvimento, tanto quanto um embrião e é tão vivo quanto um embrião. Isso é evidente e não é relativo.

11. É ético congelar embriões?

R.: Não. Poderíamos responder a esta pergunta com uma outra: é ético congelar uma pessoa de 20 anos de idade? A resposta desta pergunta já nos orienta para uma compreensão do embrião como vida humana, que deve seguir seu curso normal e ser respeitada desde o seu início. O embrião congelado representa, no universo do desejo de maternidade ou paternidade, somente uma possibilidade. Quando este desejo se realiza, o embrião que restou já não tem mais valor, literalmente se tornou desnecessário. É evidente que os desejos de maternidade e paternidade devem ser respeitados, mas a vida é um valor bem maior do que qualquer desejo, seja ele qual for.

12. Qual é o resultado atual do uso de células-tronco adultas para a recuperação de órgãos e outras aplicações?

R.: No Brasil já são comprovados os bons resultados obtidos com o uso de células-tronco adultas no tecido cardíaco. Em várias regiões do país, pesquisadores tentam ampliar o campo de aplicação das células-tronco adultas. Também no exterior, muitas são as pesquisas e as publicações científicas que apresentam resultados consideráveis.

13. Qual é a situação dos bebês anencéfalos? Têm morte cerebral?

R.: A expressão anencefalia (ausência do encéfalo) não parece muito adequada. O mais apropriado é o termo meroanencefalia (ausência de uma parte do encéfalo). Isto se justifica porque, sendo o encéfalo um termo muito complexo, falar de sua ausência total pode indicar uma imprecisão. A anencefalia, assim chamada comumente, é um mal congênito, isto é, ocorrido durante o desenvolvimento embrionário. As causas podem ser variadas, como a ausência de ácido fólico no organismo materno. Os anencéfalos podem viver horas e até dias. Dependendo do grau de anencefalia, estes bebês podem ter alguns movimentos, além de respirar. De modo geral, possuem alguma atividade tronco-encefálica e, justamente por este motivo, não podemos dizer que houve aí morte cerebral. No caso de morte cerebral, o cérebro não dá mais comandos para o resto do corpo e respiração é mantida mecanicamente.

14. A gravidez de um anencéfalo põe em risco a vida da mãe?

R.: É preciso, antes de tudo, considerar que qualquer gravidez envolve riscos. Desta regra não escapa a gravidez de anencéfalos. Em outras palavras, os riscos para uma gravidez de anencéfalo são os mesmos para uma gravidez comum. É preciso levar em conta também que a proporção de anencéfalos nascidos é bem menor do que a dos demais bebês. Vale dizer também que não se observa no número de mulheres que morrem durante a gravidez ou no parto o fato de estarem todas grávidas de anencéfalo.


15. O sofrimento de uma mãe neste estado justifica o abortamento do bebê? A vida e o sofrimento dele não conta?


R.: Apesar de o sofrimento ser muito grande para uma mulher grávida de um bebê anencéfalo, o abortamento não se justifica. Trata-se, antes de tudo, de uma vida humana. O anencéfalo não terá a mesma qualidade de vida que um bebê normal, mas isto não significa que não tenha a mesma dignidade. Muitos confundem dignidade com viabilidade. A dignidade não está vinculada a um órgão específico. Pela ausência de uma parte do encéfalo o bebê não será um ser humano como os demais, mas será um ser humano e, justamente por isso, terá de ser respeitado até o fim. A deficiência de um ser humano não o torna menos digno, mesmo quando esta deficiência é uma meroanencefalia. Os que defendem o aborto para diminuir o sofrimento do anencéfalo são os mesmos que, curiosamente, definem a anencefalia como morte cerebral. Bom, se há morte cerebral não há sofrimento. Por outro lado, se há sofrimento é porque está vivo. A vida de um anencéfalo é curta e durante seu curso tudo será feito para que não haja nenhum sofrimento, o que ocorre com qualquer outro tipo de paciente. O sofrimento é objeto do cuidado médico. A Medicina não existe para matar pessoas que sofrem, mas para lhes dar o alívio da dor e, dentro de suas reais possibilidades, a cura.

16. Quais as implicações psicológicas para a mãe que interrompe a gravidez de um bebê anencéfalo?

R.: Ao levar a gravidez de um anencéfalo até o fim, a mulher sofre muito. Mas é igualmente verdade que o sofrimento não é menor quando se apela para o aborto. Em todos os casos o sofrimento é incalculável, pois não existe instrumento que possa medir e comparar um sofrimento com outro. No entanto, ao abortar um anencéfalo os conflitos psicológicos podem se traduzir em traumas e sentimentos de culpa que acompanharão a mulher por toda a sua vida.

17. Como amparar a mãe durante a gravidez de uma criança anencéfala?

R.: O afeto é essencial neste momento. Será preciso deixar claro que a anencefalia não é um castigo e nem culpa da mãe. Algumas mulheres acreditam que tal fato ocorreu porque em determinada altura da gravidez houve, de sua parte, um sentimento de rejeição. Tais pensamentos devem ser eliminados. O casal deve estar bem unido e numa constante troca de sentimentos e atenção. O marido deve encorajar sua esposa a manter firme a esperança e manifestar a ela seu amor nos momentos de maior angústia e apreensão. O médico deve respeitar o momento difícil e expor, com simplicidade e abertura, todo os fatos que envolvem aquela circunstância. Os familiares e os amigos, respeitando os sentimentos da mãe, devem demonstrar maturidade nas posições, sem a intenção de induzir posturas contra a vida. Neste momento vale falar sobre o sentido da vida e dizer que um bebê anencéfalo não é uma coisa ou um monstro, mas um ser humano que apresentou falhas no curso do seu desenvolvimento e isso o levou a uma deficiência incorrigível.

18. Há absoluta certeza na palavra médica que diagnostica a anencefalia?

R.: Atualmente é possível diagnosticar a anencefalia sem muito erro, mas é bom esclarecer que há graus de anencefalia. Como foi mencionado anteriormente, o termo mais adequado é meroanencefalia, porque indica que parte do encéfalo está ausente. Pois o grau da anencefalia está relacionado com a parte ausente.

ESPAÇO FILOSÓFICO

Atualmente, a violência tornou-se a tônica de nosso cotidiano. Nunca se falou tanto em violência e em como combatê-la, e, infelizmente, a sensação de insegurança nunca foi tão premente: as pessoas mudam de itinerário, evitam sair à noite, colocam grades e alarmes em suas casas; os que podem, blindam seus automóveis. E, outro dado vem se somar a estes, esse medo deixou de ser "privilégio" dos moradores das grandes cidades e se espalhou também entre as cidades interioranas, antes vistas como oásis de tranqüilidade e segurança.
Atesta essa sensação de insegurança o ranking de violência elaborado pela empresa inglesa Control Risks, que em uma escala de 1 a 7, classificou as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo como nível 5 (crimes violentos acontecem em toda cidade, a qualquer hora e muitas áreas são extremamente perigosas e devem ser evitadas).
Junto a esta violência urbana, caminham outras tantas violências: como aquela que se faz contra a mulher, a criança, o idoso, os homossexuais, os negros, os nordestinos. Todas elas tão ou mais graves que a violência urbana e que necessitam, igualmente, de combate. Porém, são todas formas de violências específicas que demandam medidas apropriadas para seu controle e erradicação.
É mister que o Poder Público se aperceba que diferentes formas de violência necessitam de políticas públicas que levem em consideração a especificidade de cada modalidade destes crimes para que seu combate seja efetivo.
Qualquer plano de combate à violência deve, necessariamente, conter diretrizes para solucionar esse problema em cada uma das suas particularidades. O fim da violência nas ruas só começa com o fim da violência dentro de casa, dentro da escola, dentro da empresa.

ESPAÇO CNBB

O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), dom Orani João Tempesta, Chanceler Delegado do Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, foi condecorado com a Comenda São Roberto Belarmino, pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma.
A Comenda foi outorgada pelo decano da instituição, padre Michel Hilbert, da Companhia de Jesus, no dia 29 de julho, no Palácio São Joaquim, no Rio.
A solenidade contou com a presença de diversas personalidades civis e religiosas, sendo que a maioria estava participando da quarta edição do Colóquio Latino-Americano de Direito Canônico, realizado de 26 a 30 de julho, no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, no Rio de Janeiro.
Como convidado especial, o presidente do Pontifício Conselho para a Interpretação dos Textos Legislativos, do Vaticano, arcebispo dom Francesco Coccopalmerio, principal orador do Colóquio Canônico, que reuniu mais de 70 especialistas no assusto, de diversas dioceses do Brasil.
Entre os presbíteros, o presidente do Tribunal Eclesiástico da diocese da Campanha (MG), padre Wagner Augusto Portugal; o vigário geral do Ordinário para os Fiéis de Rito Oriental, padre Sérgio Costa Couto; e o diretor do Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, padre José Gomes de Moraes.

EVANGELHO DO DIA ( Mt 14- 13,21 )

Naquele tempo, 13quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé.14Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15Ao entardecer, os discípulos aproxima­ram-se de Jesus e disseram: "Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!" 16Jesus porém lhes disse: "Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!" 17Os discípulos responde­ram: "Só temos aqui cinco pães e dois peixes". 18Jesus disse: "Trazei-­os aqui". 19Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. 20Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. 21E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças. Palavra da Salvação/ Glória a vós Senhor!

REFLEXÃO DO EVANGELHO

A multiplicação dos pães prefigura a Eucaristia celebra­da na comunidade cristã. Ela foi fruto da partilha. Alguém colocou à disposição dos demais o que tinha para o próprio sustento. Na Eucaristia, é Jesus quem partilha a si mesmo, dando-se em alimento para todos. Na multiplicação dos pães, foi alimentada uma multidão, que se encontrava num deserto. A Eucaristia alimenta a comunidade cristã, caminheira pelos desertos do mundo rumo à casa do Pai. Na multiplicação dos pães, ninguém foi deixado de lado. Todos puderam comer até ficar saciados. De igual modo, na Eucaristia, sendo ceia de fraternidade, ninguém pode ser excluído. Homens, mulheres e crianças são todos bem-vindos, pois existe alimento para todos.
A multiplicação dos pães acontece sob os olhares complacentes de Jesus. Ele é o centro do que ocorre. A Eucaristia, igualmente, está toda centrada no mistério pascal de Jesus, donde lhe provém o valor e o sentido.
A multiplicação dos pães aponta para o banquete escatológico dos filhos de Deus, quando todos serão acolhidos na casa do Pai. A Eucaristia é também celebrada como preanuncio da ceia eterna no Reino de Deus, quando o Pai reunirá, em torno de si, todos os seus filhos e filhas.
A multiplicação dos pães sublinha a importância da partilha e da comunhão. A Eucaristia apresenta a partilha como projeto de vida e a comunhão fraterna, como ideal dos discípulos do Reino.

SANTO DO DIA

A exemplo de tantos provincianos dotados de muita inteligência, foi a Roma para complementar seus estudos e seguir uma carreira que prometia boa remuneração.
Eusébio não era seu nome de nascimento: recebeu-o, após sua conversão, pelo papa Eusébio que o batizou em Roma, como faziam os escravos gratos pela sua libertação e seu patrão, assumindo o seu nome. O jovem fez questão de ter esse nome como gratidão ao seu libertador.
No ano 345 foi ordenado sacerdote e logo tornou-se bispo com sede em Vercelli. Era um pastor zeloso, de múltiplas iniciativas, generosamente interessado pela vida da Igreja e também além dos limites da sua diocese.
Introduziu um novo ritual em um templo pagão em Vercelli, transformando-o e consagrando assim a primeira catedral do local.
Foi considerado um dos principais artífices da organização interna e externa da Igreja, que recentemente saía das perseguições. Tinha contato com santo Atanásio da Alexandria e santo Hilário de Poitiers, com os quais, mais tarde, uniu-se para curar as feridas produzidas pela heresia na Igreja do Norte. Foi exilado e deportado com algemas até a distante cidade da Palestina, onde permaneceu por seis anos fechado em uma prisão. Libertado, foi visitar Atanásio. Com quem esteve um breve período. Santo Eusébio foi quem traduziu para o latim os Comentários sobre os Salmos do seu homônimo Eusébio de Cesaréia.

domingo, 1 de agosto de 2010

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES

Oração pelo Sacerdote
Senhor Jesus Cristo, que do Santíssimo Sacramento do altar, nos dizeis e incessantemente pedi e recebereis, concedei ao nosso pároco todas as graças necessárias para sua própria santificação e salvação do povo que lhe foi confiado.Iluminai-o quando nos instruir na Vossa Santa Lei, fazendo com que a sua palavra frutifique em nossas almas.Abençoe-o, quando, no desempenho do seu sacerdócio, absolver o pecador, consolar o aflito, confrontar o moribundo.Ouvi-o, quando, em oração bater à porta do Vosso Tabernáculo.Recompensai a dedicação com que se consagra aos deveres do seu ministério.Abençoai também a sua messe, para que ao virdes a julgar os esforços do obreiro encontreis repleto o celeiro que lhe foi entregue e que ele receba de vossas mãos a coroa prometida do sacerdote segundo o Vosso Divino Coração.Nossa Senhora da Conceição, ao vosso coração confiamos o nosso pároco. Guiai-o, protegei-o, salvai-o. Amém


Senhor Jesus Cristo, fonte de amor e misericórdia, iluminai os passos de todos os Sacerdotes, de modo especial o Padre Wagner e Padre Edilson, que na fidelidade e amor a Cristo, conseguem transparecer o amor paternal de Deus ao Povo Buritizeirense!




Um abraço Fraternal ao todos os Sacerdotes!




( Seminarista Danilo Cardoso )

EVANGELHO DO DIA

Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: "Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo". 14Jesus respondeu: "Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?" 15E disse-lhes: "Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens".
16E contou-lhes uma parábola: "A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo. O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita'. 18Então resolveu: 'Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!' 20Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?' 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus". Palavra da Salvação/Glória a vós Senhor!

REFLEXÃO DO EVANGELHO

UMA FALSA SEGURANÇA: O DINHEIRO
Uma das necessidades fundamentais do homem é a segurança. Ele procura, apaixonada e necessariamente, um fundamento estável onde apoiar sua existência. Ora, um movimento tão antigo quanto o homem é o dos que escolhem, como pedra fundamental da própria vida, as coisas, o dinheiro.
O dinheiro é tudo, dizem eles. O dinheiro é poder, é o poder. Sem dinheiro nada se pode fazer. O dinheiro dá ao homem a segurança, a possibilidade de fazer tudo. Desencadeia-se então o mecanismo da acumulação; o dinheiro nunca é demais, torna-se idolatria. Quando o dinheiro se torna o próprio deus, está-se disposto a tudo para obtê-lo.
À sede do dinheiro opõe o homem ao homem. Se cada um procura ter mais, o outro se torna concorrente a superar ou a eliminar. À repartição da herança sempre foi um momento difícil para as famílias. É quase impossível fazer as partes iguais. E a divisão da herança causa a divisão da família.
O dinheiro é fonte de todas as hierarquias sociais, de todas as discriminações; quem tem mais, está mais elevado; os homens não são mais iguais, distinguem-se conforme o que têm.O homem do dinheiro se torna homem "sozinho", homem alienado, escravo. O dinheiro se transforma em prisão. O homem do dinheiro é o homem velho.
O problema da divisão da riqueza é um dos mais graves em todos os níveis. Como intervém Cristo nesta situação? Por que Cristo se recusa a ser juiz entre os dois? Porque sua missão não é fazer justiça pelo caminho do poder. O poder se justifica moralmente quando se põe a serviço da justiça. Cristo não o condena enquanto poder. Só que o poder não é o caminho que ele escolheu para "fazer justiça".
Cristo retoma, acima de tudo, o ensinamento da sabedoria humana, já expresso no Antigo Testamento, traduzindo-o na parábola do rico insensato (Lc 12,16-21). As coisas são uma falsa segurança. A posse, é em realidade, ilusória; o rico é possuído pelas coisas, não as possui. A morte revela com evidência esta verdade. A meditação da morte liberta o homem de uma ilusão, uma primeira libertação das coisas.
Não é, porém, uma libertação de tipo moralista. Jesus não quer inculcar nos seus ouvintes abastados o temor de uma morte repentina e individual, que desvaneceria suas esperanças. Na verdade, tem-se aqui uma visão escatológica da morte, relacionada com o juízo de Deus.
O único fundamento seguro da existência é Deus. Nele adquire sentido o uso das coisas, boas em si. Não serão mais instrumento de divisão, mas de comunhão. O homem não as guarda egoisticamente para si, mas as transforma em "sinal" de amor.
"Deus destinou a terra, com tudo que ela contém, para o uso de todos os homens e povos, de tal modo que os bens criados devem bastar a todos, com equidade, sob as regras da justiça, inseparável da caridade. Sejam quais forem as formas de propriedade, adaptadas às legítimas instituições dos povos, segundo circunstâncias diversas e mutáveis, deve-se atender sempre a esta destinação universal dos bens"

DIA DAS VOCAÇÕES SACERDOTAIS

O padre é alguém escolhido por meio do povo e consagrado a Deus para o serviço deste mesmo povo nas coisas que se referem a Deus e a construção do Reino de Deus na Comunidade. Seu papel é continuar a missão de Jesus Cristo, o único e eterno sacerdote. O padre é o representante de Deus junto ao povo e do povo junto a Deus.