Ao informarem suas ocupações à Justiça Eleitoral, 1.961 candidatos disseram ser deputados, vereadores, senadores, governadores e ministros de Estado. Juntos, os políticos ocupam o primeiro lugar na lista de postulantes a um cargo eletivo. O número de políticos na disputa aumentou 6,5% em relação a 2006, quando 1.841 concorreram. Na última eleição, eles também foram maioria das profissões especificadas. “Outros”, contudo, continua sendo, em números absolutos, a principal opção dos 21.659 candidatos ao declarar a própria ocupação. “A pessoa muitas vezes coloca político como profissão porque dá prestígio ou porque não exerce mais a própria profissão há muito tempo”, avalia o cientista político David Fleischer, professor da UnB.
PAVRAS DE SALVAÇÃO
"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido." (João 10 : 14)
sexta-feira, 30 de julho de 2010
ESPAÇO TEOLÓGICO
DIACONISAS: QUEM ERAM?
Em síntese: São Paulo e antigos documentos da Igreja referem-se a diaconisas. Eram mulheres de conduta irrepreensível chamadas a participar dos serviços que a Igreja prestava a pessoas do sexo feminino, principalmente por ocasião do Batismo (ministrado por imersão). Recebiam o seu ministério pela imposição das mãos do Bispo, que não conferia caráter sacramental. – Com a rarefação do Batismo de adultos, foi-se extinguindo a figura da diaconisa na Igreja a partir do século VI.
Pensando na promoção da mulher em nossos dias, há quem proponha seja ela chamada ao diaconato, como parece ter acontecido nos primeiros séculos da Igreja, quando havia diaconisas. Torna-se assim necessário investigar quem eram as diaconisas da Antigüidade.
1. Fundamentação bíblica
É São Paulo quem se refere às diaconisas em três passagens:
1.1. Rm 16, 1
O Apóstolo está em Corinto, onde escreve uma carta que a diaconisa Febe da vizinha cidade de Cencréia deverá levar a Roma. Recomenda-a nestes termos:
“Recomendo-vos Febe, nossa irmã, diaconisa da igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor de modo digno, como convém a santos e lhe assistais em tudo de que precisar, porque também ela ajudou a muitos, a mim inclusive”.
O Apóstolo não fornece indicação alguma sobre o ministério diaconal de Febe.
1.2. 1Tm 3,11
“Também as mulheres devem ser respeitáveis, não maledicentes, sóbrias, fiéis em todas as coisas”.
O contexto mostra que São Paulo não fala das mulheres em geral mas da categoria das diaconisas, que vêm a propósito na exortação dirigida aos diáconos Há quem prefira dizer que se trata aí das esposas dos diáconos – o que parece pouco provável, pois em tal caso o Apóstolo teria escrito: “As suas esposas…”
1.3. 1Tm 5, 9-11
“Uma mulher só será inscrita na categoria das viúvas com não menos de sessenta anos, se tiver sido esposa de um só marido, se tiver em seu favor o testemunho de suas boas obras, criado os filhos, sido hospitaleira, lavado os pés dos santos, socorrido os atribulados, aplicada a toda obra boa. Rejeita as viúvas mais jovens; quando os seus desejos se afastam do Cristo, querem casar-se, tornando-se censuráveis por terem rompido o seu primeiro compromisso”.
Pergunta-se se tais viúvas eram diaconisas. A resposta mais provável distingue-as; ao lado das diaconisas (para as quais não havia limite de idade), estariam viúvas de boa conduta auxiliando a Igreja em funções diversas.
Na tradição encontram-se as duas interpretações: ora viúvas e diaconisas são identificadas entre si, ora distintas umas das outras, sendo mais freqüente esta última sentença. Assim, por exemplo, se lê nas Constituições Apostólicas VI 17, obra datada do século IV:
“Seja assumida como diaconisa uma virgem pura ou ao menos uma viúva fiel honrada, que se tenha casado uma só vez”.
Ao passo que a diaconisa e instituída pela imposição das mãos, tal gesto não se aplica às viúvas; cf. ibid. VIII 24.
O apócrifo Testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo também distingue das diaconisas as viúvas: estas recebem a bênção d Bispo e as incumbências de louvar a Deus nos sábados e domingos, nas festas da Epifania, da Páscoa e Pentecostes, instruir as catecúmenas, visitar as enfermas, ungir as mulheres por ocasião do seu Batismo. – Para as diaconisas, resta como principal função levar a S. Eucaristia aos enfermos.
São estes traços entre outros, que levam a distinguir das diaconisas as viúvas.
2. A Tradição
O mais antigo testemunho é o de Plínio o Jovem, governador da Bitínia (Ásia Menor), que, tendo recebido a ordem de prender os cristãos em 112 escrevia ao imperador Trajano ter submetido à tortura duas cristãs honradas com o título de ministras (ministrae).
Cinqüenta anos mais tarde terá escrito o Papa Sotero (166-175) aos Bispos da Itália:
“Foi comunicado a esta Sé Apostólica que algumas mulheres consagradas a Deus e religiosas tomam a liberdade, nas vossas regiões, de tocar nos vasos sagrados e nas santas palas e de incensar o altar ao redor. Tal prática abusiva e digna de censura merece a rejeição de todo homem sábio.
Conseqüentemente, no exercício da autoridade desta Santa Sé ordenamos que essas coisas sejam radicalmente supressas dentro de um prazo mínimo e, a fim de que não se repitam, mandamos que quanto antes sejam banidas das vossas províncias” (citado pelo pseudo-Isidoro, Coletânea de leis do século IV).
3. Sacramento: sim ou não?
Para responder a tal pergunta, examinaremos a prece de investidura de uma diaconisa conforme as Constituições Apostólicas VIII 19s:
“Bispo, tu lhe imporás as mãos com a assistência do presbítero, dos diáconos e das diaconisas e dirás: Deus eterno, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Criador do homem e da mulher, Vós que enchestes com vosso espírito Maria, Débora, Ana e Holda, Vós que não quisestes deixar de fazer que o vosso Filho único nascesse de uma mulher, Vós que no tabernáculo da Aliança e no templo estabelecestes mulheres como guardiãs de vossas santas portas, lançai agora um olhar sobre vossa serva que aqui está, destinada ao diaconato. Dai-lhe o Espírito Santo, purificai-a de toda mancha corporal e espiritual, a fim de que exerça dignamente o ofício que lhe será confiado, para a glória vossa e o louvor do vosso Cristo com o qual e com o Espírito Santo Vos seja dada toda honra e adoração, santamente pelos séculos sem fim”.
Neste texto é importante a referência à imposição das mãos. Esta vem a ser um gesto polivalente, podendo significar transmissão de graça, de faculdades, de saúde, de bênção… ou a investidura de uma diaconisa não tem valor sacramental neste caso, pois nunca na Liturgia e no Direito antigos a diaconisa foi equiparada ao diácono; a contrario sempre lhe foram vedadas as funções do diácono e do presbítero, apesar das investidas para exerce-las. Observa S. Epifânio (+ 403):
“Se no Novo Testamento as mulheres fossem chamadas a exercer o sacerdócio ou algum outro ministério canônico, a Maria deveria ter sido confiado, em primeiro lugar, o ministério sacerdotal; Deus, porém, dispôs as coisas diversamente; não lhe conferiu nem mesmo a faculdade de batizar.
Pensando na promoção da mulher em nossos dias, há quem proponha seja ela chamada ao diaconato, como parece ter acontecido nos primeiros séculos da Igreja, quando havia diaconisas. Torna-se assim necessário investigar quem eram as diaconisas da Antigüidade.
1. Fundamentação bíblica
É São Paulo quem se refere às diaconisas em três passagens:
1.1. Rm 16, 1
O Apóstolo está em Corinto, onde escreve uma carta que a diaconisa Febe da vizinha cidade de Cencréia deverá levar a Roma. Recomenda-a nestes termos:
“Recomendo-vos Febe, nossa irmã, diaconisa da igreja de Cencréia, para que a recebais no Senhor de modo digno, como convém a santos e lhe assistais em tudo de que precisar, porque também ela ajudou a muitos, a mim inclusive”.
O Apóstolo não fornece indicação alguma sobre o ministério diaconal de Febe.
1.2. 1Tm 3,11
“Também as mulheres devem ser respeitáveis, não maledicentes, sóbrias, fiéis em todas as coisas”.
O contexto mostra que São Paulo não fala das mulheres em geral mas da categoria das diaconisas, que vêm a propósito na exortação dirigida aos diáconos Há quem prefira dizer que se trata aí das esposas dos diáconos – o que parece pouco provável, pois em tal caso o Apóstolo teria escrito: “As suas esposas…”
1.3. 1Tm 5, 9-11
“Uma mulher só será inscrita na categoria das viúvas com não menos de sessenta anos, se tiver sido esposa de um só marido, se tiver em seu favor o testemunho de suas boas obras, criado os filhos, sido hospitaleira, lavado os pés dos santos, socorrido os atribulados, aplicada a toda obra boa. Rejeita as viúvas mais jovens; quando os seus desejos se afastam do Cristo, querem casar-se, tornando-se censuráveis por terem rompido o seu primeiro compromisso”.
Pergunta-se se tais viúvas eram diaconisas. A resposta mais provável distingue-as; ao lado das diaconisas (para as quais não havia limite de idade), estariam viúvas de boa conduta auxiliando a Igreja em funções diversas.
Na tradição encontram-se as duas interpretações: ora viúvas e diaconisas são identificadas entre si, ora distintas umas das outras, sendo mais freqüente esta última sentença. Assim, por exemplo, se lê nas Constituições Apostólicas VI 17, obra datada do século IV:
“Seja assumida como diaconisa uma virgem pura ou ao menos uma viúva fiel honrada, que se tenha casado uma só vez”.
Ao passo que a diaconisa e instituída pela imposição das mãos, tal gesto não se aplica às viúvas; cf. ibid. VIII 24.
O apócrifo Testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo também distingue das diaconisas as viúvas: estas recebem a bênção d Bispo e as incumbências de louvar a Deus nos sábados e domingos, nas festas da Epifania, da Páscoa e Pentecostes, instruir as catecúmenas, visitar as enfermas, ungir as mulheres por ocasião do seu Batismo. – Para as diaconisas, resta como principal função levar a S. Eucaristia aos enfermos.
São estes traços entre outros, que levam a distinguir das diaconisas as viúvas.
2. A Tradição
O mais antigo testemunho é o de Plínio o Jovem, governador da Bitínia (Ásia Menor), que, tendo recebido a ordem de prender os cristãos em 112 escrevia ao imperador Trajano ter submetido à tortura duas cristãs honradas com o título de ministras (ministrae).
Cinqüenta anos mais tarde terá escrito o Papa Sotero (166-175) aos Bispos da Itália:
“Foi comunicado a esta Sé Apostólica que algumas mulheres consagradas a Deus e religiosas tomam a liberdade, nas vossas regiões, de tocar nos vasos sagrados e nas santas palas e de incensar o altar ao redor. Tal prática abusiva e digna de censura merece a rejeição de todo homem sábio.
Conseqüentemente, no exercício da autoridade desta Santa Sé ordenamos que essas coisas sejam radicalmente supressas dentro de um prazo mínimo e, a fim de que não se repitam, mandamos que quanto antes sejam banidas das vossas províncias” (citado pelo pseudo-Isidoro, Coletânea de leis do século IV).
3. Sacramento: sim ou não?
Para responder a tal pergunta, examinaremos a prece de investidura de uma diaconisa conforme as Constituições Apostólicas VIII 19s:
“Bispo, tu lhe imporás as mãos com a assistência do presbítero, dos diáconos e das diaconisas e dirás: Deus eterno, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, Criador do homem e da mulher, Vós que enchestes com vosso espírito Maria, Débora, Ana e Holda, Vós que não quisestes deixar de fazer que o vosso Filho único nascesse de uma mulher, Vós que no tabernáculo da Aliança e no templo estabelecestes mulheres como guardiãs de vossas santas portas, lançai agora um olhar sobre vossa serva que aqui está, destinada ao diaconato. Dai-lhe o Espírito Santo, purificai-a de toda mancha corporal e espiritual, a fim de que exerça dignamente o ofício que lhe será confiado, para a glória vossa e o louvor do vosso Cristo com o qual e com o Espírito Santo Vos seja dada toda honra e adoração, santamente pelos séculos sem fim”.
Neste texto é importante a referência à imposição das mãos. Esta vem a ser um gesto polivalente, podendo significar transmissão de graça, de faculdades, de saúde, de bênção… ou a investidura de uma diaconisa não tem valor sacramental neste caso, pois nunca na Liturgia e no Direito antigos a diaconisa foi equiparada ao diácono; a contrario sempre lhe foram vedadas as funções do diácono e do presbítero, apesar das investidas para exerce-las. Observa S. Epifânio (+ 403):
“Se no Novo Testamento as mulheres fossem chamadas a exercer o sacerdócio ou algum outro ministério canônico, a Maria deveria ter sido confiado, em primeiro lugar, o ministério sacerdotal; Deus, porém, dispôs as coisas diversamente; não lhe conferiu nem mesmo a faculdade de batizar.
Quanto à categoria das diaconisas, existente na Igreja, não foi destinada a cumprir funções sacerdotais ou outras similares. As diaconisas são chamadas a salvaguardar a decência que se impõem no tocante ao sexo feminino, seja cooperando na administração do sacramento do Batismo, seja examinando as mulheres afetadas por alguma enfermidade ou vítimas de violência, seja intervindo todas as vezes que se trate de descobrir o corpo de outras mulheres a fim de que o desnudamento não seja exposto aos olhares dos homens que executam as santas cerimônias, mas seja considerado unicamente pelo olhar das diaconisas” (Panarion LXXIX 3).
Como se vê, S. Epifânio, representando a tradição, vê nas diaconisas auxiliares no trato pastoral das mulheres. Tal ministério fica portanto claramente distinto do ministério dos diáconos.
Ademais é de notar: o próprio São Paulo estima e recomenda a diaconisa Febe (Rm 16, 1), mas não queria que a mulher falasse em público na igreja (o que é incompatível com o diaconato propriamente dito). Ver 1Cor 14, 34s:
“Como acontece em todas as assembléias dos Santos estejam caladas as mulheres na Igreja, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas como diz também a Lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que uma mulher fale nas assembléias”.
Em 1Tm 2, 11s volta a advertência:
"Durante a instrução a mulher conserve o silêncio com toda submissão. Não permito que a mulher ensine ou domine o homem”.
Quem escreveu tais sentenças, não teria tolerado ver uma diaconisa pregar o Evangelho. Não há dúvida as restrições feitas pelo Apóstolo às mulheres são a expressão de uma cultura já ultrapassada; hoje em dia não têm mais vigência; como quer que seja, contribuem para corroborar a interpretação que vê, antes do mais, nas diaconisas colaboradoras no serviço pastoral às mulheres.
Nem por isto a mulher é menos apreciada do que o homem por parte da Igreja. Tenham-se em vista as palavras do Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica sobre a Dignidade da Mulher nº 26s:
“É de notar que Cristo só chamou homens para serem seus Apóstolos. Fazendo isto, o Senhor agiu de maneira livre e soberana; não se creia que Jesus, assim procedendo tenha apenas procurado conformar-se à mentalidade discriminatória dominante em sua época; Ele não fazia accepção de pessoas (cf. Mt 22, 16). Em conseqüência somente os doze Apóstolos receberam o mandato: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19; 1Cor 11, 24). Somente eles na tarde da Ressurreição receberam o Espírito Santo para perdoar os pecados (cf. Jô 20, 22s). Daí se pode deduzir que o sacramento da Ordem, que perpetua a ação redentora de Cristo mediante seus ministros, é destinado aos homens apenas, como aliás já observou a Congregação para a Doutrina da Fé na Declaração Inter Insigniores de 15/10/76.
O Dom da Esposa
A mulher participa do sacerdócio universal de todos os fiéis, derivado dos sacramentos do Batismo e da Crisma. Assim todos têm parte na grande oblação que Cristo fez de Si mesmo ao Pai no Calvário e que Ele perpetua na Eucaristia.
Na Igreja o que valoriza alguém não é o seu grau hierárquico (embora tenha significado importante), mas é a santidade. O Concílio do Vaticano II recordou que na linha da santidade precisamente a mulher Maria de Nazaré é figura da Igreja Contemporaneamente a Maria e depois dela, numerosas mulheres – ao lado dos homens – se destacaram por sua santidade ou por seu amor esponsal a Cristo. Tais foram, entre outras: as mulheres que acompanhavam Jesus durante a sua vida mortal e estiveram presentes no Cenáculo de Pentecostes (cf. Lc 8, 1-3 At 1, 14; 2, 1-3); as mulheres que tiveram parte na vida da Igreja nascente (a diaconisa Febe, de Cêncreas, cf. Rm 16, 1; Prisca, cf. 2Tm 4, 19; Evódia e Síntique, cf. Fl 4, 2; Maria, Trifena, Pérside Trifosa cf. Rm 16, 6-12)… Em todas as épocas houve mulheres perfeitas (Pr 31, 10), que corajosamente participaram da missão da Igreja: Mônica mãe de Agostinho, Macrina, Olga de Kiev, Matilde da Toscana, Edviges da Silésia, Edviges de Cracóvia, Elisabete da Turíngia, Brígida da Suécia, Joana d’Arc, Rosa de Lima, Elisabete Seaton, Mary Ward… além das doutoras Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila e Santa Teresinha de Lsieux.
Também em nossos dias a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho de numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino e um modelo para todos os cristãos”.
Em poucas palavras: o que dá valor a alguém não é o cargo que ocupa, mas a santidade de vida que essa pessoa leva.
Em suma, tendo em vista ainda outros documentos da Tradição, pode-se dizer que as diaconisas exerciam funções concernentes às mulheres, especialmente por ocasião do Batismo, que era ministrado por imersão; era-lhes atribuído igualmente o encargo de atender aos pobres, aos peregrinos e aos enfermos, cujas casas elas visitavam; preparavam outrossim os cadáveres de mulheres para o sepultamento. Embora muito próximas dos diáconos, eram subordinados a estes; só podiam agir com a aprovação destes. Nas Constituições Apostólicas VIII 28 lê-se:
“A diaconisa não dá a bênção, nem faz o que fazem os presbíteros e os diáconos; apenas ela guarda as portas e, quando as mulheres são batizadas, ela assessora o sacerdote, tendo em vista a decência”.
Registraram-se no decorrer dos tempos tentativas de burlar tais normas. Daí os numerosos decretos pontifícios e conciliares que proíbem às mulheres fazer homilias no culto sagrado, o serviço do altar, a administração do sacramento do Batismo, Ver Didascalia III 5, 6 (obra do início do século III).
As diaconisas eram solteiras ou viúvas; não lhes era lícito casar-se.
Na medida em que foi declinado o costume de batizar adultos, foi também perdendo sua razão de ser o diaconato feminino; a partir do século VI no Ocidente foi-se extinguindo tal instituição; no Oriente a extinção foi mais lenta visto que aí as diaconisas gozavam de grande estima principalmente em Constantinopla. Famoso é o caso de Olimpíada no século IV: viúva aos dezoito anos de idade, recusou todas as propostas do imperador Teodósio; tornou-se amiga de São João Crisóstomo, que ela muito ajudou, compartilhando suas labutas e distribuindo aos pobres da diocese elevada quantia de dinheiro; foi-lhe solidária as tribulações, aceitando ser perseguida com ele reconfortou-o no exílio, vindo a falecer em 410, discípulas e colaboradoras de São João Crisóstomo foram também as diaconisas Prócula e Pentádia, a quem ele dirigiu várias cartas. Sejam citadas ainda Anastácia, que manteve intercâmbio epistolar com o Patriarca Severo de Antioquia; Macrina, irmã de São Basílio e São Gregório de Nissa (mulher tida como muito bela, que recusou quanto se lhe oferecia, para dedicar-se totalmente ao serviço do Senhor); tinha uma amiga chamada Lampádia, que lhe seguiu as pegadas. No século VI foi muito estimada a diaconisa Basilina.
Acontecia que as esposas de altos dignitários eclesiásticos eram obrigadas pelos cânones sagrados a receber o diaconato ou, ao menos, a não contrair novas núpcias em caso de viuvez (recebiam então o diaconato); tal foi o caso de Teosébia, esposa de S. Gregório de Nissa (que se casara com ela antes de receber o presbiterato).
Ultimamente têm-se realizado Cursos destinados a preparar mulheres para uma eventual ordenação. – A Santa Sé, porém, declarou não terem propósito tais Cursos, visto que a Igreja não pensa em satisfazer a tal objetivo.
Como se vê, S. Epifânio, representando a tradição, vê nas diaconisas auxiliares no trato pastoral das mulheres. Tal ministério fica portanto claramente distinto do ministério dos diáconos.
Ademais é de notar: o próprio São Paulo estima e recomenda a diaconisa Febe (Rm 16, 1), mas não queria que a mulher falasse em público na igreja (o que é incompatível com o diaconato propriamente dito). Ver 1Cor 14, 34s:
“Como acontece em todas as assembléias dos Santos estejam caladas as mulheres na Igreja, pois não lhes é permitido tomar a palavra. Devem ficar submissas como diz também a Lei. Se desejam instruir-se sobre algum ponto, interroguem os maridos em casa; não é conveniente que uma mulher fale nas assembléias”.
Em 1Tm 2, 11s volta a advertência:
"Durante a instrução a mulher conserve o silêncio com toda submissão. Não permito que a mulher ensine ou domine o homem”.
Quem escreveu tais sentenças, não teria tolerado ver uma diaconisa pregar o Evangelho. Não há dúvida as restrições feitas pelo Apóstolo às mulheres são a expressão de uma cultura já ultrapassada; hoje em dia não têm mais vigência; como quer que seja, contribuem para corroborar a interpretação que vê, antes do mais, nas diaconisas colaboradoras no serviço pastoral às mulheres.
Nem por isto a mulher é menos apreciada do que o homem por parte da Igreja. Tenham-se em vista as palavras do Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica sobre a Dignidade da Mulher nº 26s:
“É de notar que Cristo só chamou homens para serem seus Apóstolos. Fazendo isto, o Senhor agiu de maneira livre e soberana; não se creia que Jesus, assim procedendo tenha apenas procurado conformar-se à mentalidade discriminatória dominante em sua época; Ele não fazia accepção de pessoas (cf. Mt 22, 16). Em conseqüência somente os doze Apóstolos receberam o mandato: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19; 1Cor 11, 24). Somente eles na tarde da Ressurreição receberam o Espírito Santo para perdoar os pecados (cf. Jô 20, 22s). Daí se pode deduzir que o sacramento da Ordem, que perpetua a ação redentora de Cristo mediante seus ministros, é destinado aos homens apenas, como aliás já observou a Congregação para a Doutrina da Fé na Declaração Inter Insigniores de 15/10/76.
O Dom da Esposa
A mulher participa do sacerdócio universal de todos os fiéis, derivado dos sacramentos do Batismo e da Crisma. Assim todos têm parte na grande oblação que Cristo fez de Si mesmo ao Pai no Calvário e que Ele perpetua na Eucaristia.
Na Igreja o que valoriza alguém não é o seu grau hierárquico (embora tenha significado importante), mas é a santidade. O Concílio do Vaticano II recordou que na linha da santidade precisamente a mulher Maria de Nazaré é figura da Igreja Contemporaneamente a Maria e depois dela, numerosas mulheres – ao lado dos homens – se destacaram por sua santidade ou por seu amor esponsal a Cristo. Tais foram, entre outras: as mulheres que acompanhavam Jesus durante a sua vida mortal e estiveram presentes no Cenáculo de Pentecostes (cf. Lc 8, 1-3 At 1, 14; 2, 1-3); as mulheres que tiveram parte na vida da Igreja nascente (a diaconisa Febe, de Cêncreas, cf. Rm 16, 1; Prisca, cf. 2Tm 4, 19; Evódia e Síntique, cf. Fl 4, 2; Maria, Trifena, Pérside Trifosa cf. Rm 16, 6-12)… Em todas as épocas houve mulheres perfeitas (Pr 31, 10), que corajosamente participaram da missão da Igreja: Mônica mãe de Agostinho, Macrina, Olga de Kiev, Matilde da Toscana, Edviges da Silésia, Edviges de Cracóvia, Elisabete da Turíngia, Brígida da Suécia, Joana d’Arc, Rosa de Lima, Elisabete Seaton, Mary Ward… além das doutoras Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila e Santa Teresinha de Lsieux.
Também em nossos dias a Igreja não cessa de enriquecer-se com o testemunho de numerosas mulheres que realizam a sua vocação à santidade. As mulheres santas são uma personificação do ideal feminino e um modelo para todos os cristãos”.
Em poucas palavras: o que dá valor a alguém não é o cargo que ocupa, mas a santidade de vida que essa pessoa leva.
Em suma, tendo em vista ainda outros documentos da Tradição, pode-se dizer que as diaconisas exerciam funções concernentes às mulheres, especialmente por ocasião do Batismo, que era ministrado por imersão; era-lhes atribuído igualmente o encargo de atender aos pobres, aos peregrinos e aos enfermos, cujas casas elas visitavam; preparavam outrossim os cadáveres de mulheres para o sepultamento. Embora muito próximas dos diáconos, eram subordinados a estes; só podiam agir com a aprovação destes. Nas Constituições Apostólicas VIII 28 lê-se:
“A diaconisa não dá a bênção, nem faz o que fazem os presbíteros e os diáconos; apenas ela guarda as portas e, quando as mulheres são batizadas, ela assessora o sacerdote, tendo em vista a decência”.
Registraram-se no decorrer dos tempos tentativas de burlar tais normas. Daí os numerosos decretos pontifícios e conciliares que proíbem às mulheres fazer homilias no culto sagrado, o serviço do altar, a administração do sacramento do Batismo, Ver Didascalia III 5, 6 (obra do início do século III).
As diaconisas eram solteiras ou viúvas; não lhes era lícito casar-se.
Na medida em que foi declinado o costume de batizar adultos, foi também perdendo sua razão de ser o diaconato feminino; a partir do século VI no Ocidente foi-se extinguindo tal instituição; no Oriente a extinção foi mais lenta visto que aí as diaconisas gozavam de grande estima principalmente em Constantinopla. Famoso é o caso de Olimpíada no século IV: viúva aos dezoito anos de idade, recusou todas as propostas do imperador Teodósio; tornou-se amiga de São João Crisóstomo, que ela muito ajudou, compartilhando suas labutas e distribuindo aos pobres da diocese elevada quantia de dinheiro; foi-lhe solidária as tribulações, aceitando ser perseguida com ele reconfortou-o no exílio, vindo a falecer em 410, discípulas e colaboradoras de São João Crisóstomo foram também as diaconisas Prócula e Pentádia, a quem ele dirigiu várias cartas. Sejam citadas ainda Anastácia, que manteve intercâmbio epistolar com o Patriarca Severo de Antioquia; Macrina, irmã de São Basílio e São Gregório de Nissa (mulher tida como muito bela, que recusou quanto se lhe oferecia, para dedicar-se totalmente ao serviço do Senhor); tinha uma amiga chamada Lampádia, que lhe seguiu as pegadas. No século VI foi muito estimada a diaconisa Basilina.
Acontecia que as esposas de altos dignitários eclesiásticos eram obrigadas pelos cânones sagrados a receber o diaconato ou, ao menos, a não contrair novas núpcias em caso de viuvez (recebiam então o diaconato); tal foi o caso de Teosébia, esposa de S. Gregório de Nissa (que se casara com ela antes de receber o presbiterato).
Ultimamente têm-se realizado Cursos destinados a preparar mulheres para uma eventual ordenação. – A Santa Sé, porém, declarou não terem propósito tais Cursos, visto que a Igreja não pensa em satisfazer a tal objetivo.
ESPAÇO FILOSÓFICO
PENSE EM QUALQUER COISA...MENOS NUM GATO ROXO COM BOLINHAS AMARELAS
É óbvio que para saber no que não devo pensar tenho que fazer uma representação mental do significado, ou seja, criar a imagem (pensar). É comum que a criança advertida pela mãe sobre o risco de deixar derramar o leite, o faça. Isto acontece porque o cérebro de um modo instantâneo representa a imagem do comportamento indesejado, que por vezes se concretiza.
Significado é a idéia que se faz de um objeto, sugerido por sua imagem acústica ou significante, ou seja, é a representação mental que fazemos das coisas. É o fruto das experiências em consonância com os nossos valores e crenças.
Como um computador poderoso e eficiente, a mente corresponde imediatamente ao som ou imagem cuja representação foi construída ao longo dos tempos, conforme as experiências vividas por cada pessoa.
Se um grupo de amigos assistirem o mesmo filme contarão diferentes estórias ao sair do cinema. O filme evidentemente é o mesmo, no entanto o significado atribuído muda de pessoa para pessoa.
Agora pense em qualquer música desde que não seja o Hino Nacional Brasileiro...
Significado é a idéia que se faz de um objeto, sugerido por sua imagem acústica ou significante, ou seja, é a representação mental que fazemos das coisas. É o fruto das experiências em consonância com os nossos valores e crenças.
Como um computador poderoso e eficiente, a mente corresponde imediatamente ao som ou imagem cuja representação foi construída ao longo dos tempos, conforme as experiências vividas por cada pessoa.
Se um grupo de amigos assistirem o mesmo filme contarão diferentes estórias ao sair do cinema. O filme evidentemente é o mesmo, no entanto o significado atribuído muda de pessoa para pessoa.
Agora pense em qualquer música desde que não seja o Hino Nacional Brasileiro...
ESPAÇO CNBB
O IDOSO NA IGREJA E NA SOCIEDADE
O mundo atual tem provocado uma grande inversão de valores. Antigamente, respeitavam-se os mais velhos porque se acreditava que a sua experiência lhes conferia sabedoria. Os conselhos, as advertências deles eram de grande valia na solução dos obstáculos que os jovens deveriam enfrentar. Havia mesmo um consenso popular de que se deveriam respeitar os cabelos brancos dos idosos.
Sabemos que idade não confere a ninguém santidade, mas sabemos também que os idosos já sofreram maiores decepções, já lutaram, já realizaram alguma coisa que os mais novos estão começando a querer realizar. Além disso, os sofrimentos por que passa uma pessoa que já viveu mais burila o seu Ser, tornando-o mais capaz de compreender a vida como um todo.
O episódio da pecadora que estava sendo apedrejada nos remete a uma reflexão oriunda de um pequeno detalhe. Quando Jesus adverte de que quem não tiver culpa atire a primeira pedra, o texto fala que todos foram saindo, a começar pelos mais velhos.
Bem, podemos pensar que os mais velhos, por terem vivido mais, erraram mais. Porém, podemos pensar também que os mais velhos, justamente por terem vivido mais, têm maior consciência de suas faltas, por experiência e por terem desenvolvido, através dos anos, maior consciência do que é certo ou errado.
Grande parte ou a maioria das pessoas tem preconceito contra o idoso. Acham que ele é “gagá”, que não fala coisa com coisa, que está desatualizado. Mas se esquecem que esse velho “gagá” foi quem construiu alguma coisa para que ele, jovem, hoje, tenha condições de vida melhor. Esquece-se também que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã e com menos jovens para cuidar deles.
Na Igreja também sentimos às vezes, esse preconceito, infelizmente. Alguns preferem ouvir a homilia de um padre jovem e despreza as palavras de um padre idoso. Também alguns leigos idosos são rechaçados no seu trabalho pastoral, pela preferência pelo leigo jovem. É a sociedade influindo negativamente na Igreja.
Precisamos de sangue novo, é certo. Renovar é sempre positivo. Mas precisamos nos lembrar de que o espírito jovem não é privilégio dos moços. Há idosos que têm o coração cheio de amor, de esperança, de otimismo e que podem dar o seu quinhão por uma Igreja cada vez mais anunciadora do Evangelho. E há jovens que questionam tudo, sem encontrar soluções e que não têm nada a acrescentar ao enriquecimento da sociedade. É bom lembrar que existem jovens na idade e velhos na mentalidade; velhos na idade e jovens na mentalidade.
Na verdade, podemos debitar isto a jovens e velhos que, em busca de valores temporais, estão deixando de lado os valores eternos. A sociedade precisa ser revista, analisada novamente e refeita.
O amor não tem idade. Pode florescer e crescer no coração de crianças, de jovens, de adultos, de idosos. Afinal, somos todos Igreja e o respeito ao idoso deve ser uma demonstração de maturidade e de respeito em favor de um reconhecimento da colaboração que os idosos oferecem e podem oferecer a Igreja e ao mundo.
Sabemos que idade não confere a ninguém santidade, mas sabemos também que os idosos já sofreram maiores decepções, já lutaram, já realizaram alguma coisa que os mais novos estão começando a querer realizar. Além disso, os sofrimentos por que passa uma pessoa que já viveu mais burila o seu Ser, tornando-o mais capaz de compreender a vida como um todo.
O episódio da pecadora que estava sendo apedrejada nos remete a uma reflexão oriunda de um pequeno detalhe. Quando Jesus adverte de que quem não tiver culpa atire a primeira pedra, o texto fala que todos foram saindo, a começar pelos mais velhos.
Bem, podemos pensar que os mais velhos, por terem vivido mais, erraram mais. Porém, podemos pensar também que os mais velhos, justamente por terem vivido mais, têm maior consciência de suas faltas, por experiência e por terem desenvolvido, através dos anos, maior consciência do que é certo ou errado.
Grande parte ou a maioria das pessoas tem preconceito contra o idoso. Acham que ele é “gagá”, que não fala coisa com coisa, que está desatualizado. Mas se esquecem que esse velho “gagá” foi quem construiu alguma coisa para que ele, jovem, hoje, tenha condições de vida melhor. Esquece-se também que os jovens de hoje serão os velhos de amanhã e com menos jovens para cuidar deles.
Na Igreja também sentimos às vezes, esse preconceito, infelizmente. Alguns preferem ouvir a homilia de um padre jovem e despreza as palavras de um padre idoso. Também alguns leigos idosos são rechaçados no seu trabalho pastoral, pela preferência pelo leigo jovem. É a sociedade influindo negativamente na Igreja.
Precisamos de sangue novo, é certo. Renovar é sempre positivo. Mas precisamos nos lembrar de que o espírito jovem não é privilégio dos moços. Há idosos que têm o coração cheio de amor, de esperança, de otimismo e que podem dar o seu quinhão por uma Igreja cada vez mais anunciadora do Evangelho. E há jovens que questionam tudo, sem encontrar soluções e que não têm nada a acrescentar ao enriquecimento da sociedade. É bom lembrar que existem jovens na idade e velhos na mentalidade; velhos na idade e jovens na mentalidade.
Na verdade, podemos debitar isto a jovens e velhos que, em busca de valores temporais, estão deixando de lado os valores eternos. A sociedade precisa ser revista, analisada novamente e refeita.
O amor não tem idade. Pode florescer e crescer no coração de crianças, de jovens, de adultos, de idosos. Afinal, somos todos Igreja e o respeito ao idoso deve ser uma demonstração de maturidade e de respeito em favor de um reconhecimento da colaboração que os idosos oferecem e podem oferecer a Igreja e ao mundo.
EVANGELHO DO DIA
Naquele tempo, 54 dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: "De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56 E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?" 57 E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: "Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!" 58 E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. Palavra da Salvação! / Glória a vós Senhor
REFLEXÃO DA PALAVRA
O MESTRE SOB SUSPEITA
A sabedoria de Jesus deixou intrigada a população de Nazaré, onde ele vivera desde a infância: De onde lhe vinham tanta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não era possível que o filho de um carpinteiro, bem conhecido no povoado, manifestasse uma sabedoria maior que a dos grandes mestres. Era inexplicável como alguém, cujos parentes nada tinham de especial, falasse com tamanha autoridade. Os concidadãos de Jesus suspeitavam dele, e não acreditavam de que estivesse falando e agindo por inspiração divina. Por este motivo, o Mestre tornou-se para eles motivo de escândalo.
A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.
Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.
A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.
Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.
SANTO DO DIA
SÃO PEDRO CRISÓLOGO
São Pedro, foi um dos oradores mais famosos da Igreja Católica, e foi educado pelo Bispo dessa cidade Cornélio, pelo qual conservou sempre uma grande veneração.
O Bispo Cornélio convenceu a São Pedro de que no domínio das próprias paixões e no rechaçar dos maus desejos reside a verdadeira grandeza, e que este é um meio seguro para conseguir as bênçãos de Deus.
São Pedro gozou da amizade do imperador Valentiniano e da mãe deste, Plácida, e por recomendação de ambos, foi nomeado Arcebispo de Ravena. Também gozou da amizade do Papa São Leão Magno. Quando passou a ser arcebispo de Ravena, havia nesta cidade um grande número de pagãos. Ele trabalhou com tanto entusiasmo para convertê-los, que quando ele faleceu já eram pouquíssimos os pagãos neste lugar. Seus sermões eram de grande agrado das pessoas e por isso lhe puseram o sobrenome de "crisólogo", que deseja dizer, que fala muito bem. Sua maneira de falar era concisa, sensível e prática. As pessoas se admiravam por suas exortações bastante breves, serem capazes de resumir as verdades mais importantes da fé.
Conservam dele, 176 sermões, muito bem preparados e cuidadosamente redigidos. Por sua grande sabedoria ao pregar e escrever, foi nomeado Doutor da Igreja, pelo Papa Benedito XIII. Recomendava muito a comunhão frequente e exortava a seus ouvintes a converterem à Sagrada Eucaristia em seu alimento de todas as semanas.
O Bispo Cornélio convenceu a São Pedro de que no domínio das próprias paixões e no rechaçar dos maus desejos reside a verdadeira grandeza, e que este é um meio seguro para conseguir as bênçãos de Deus.
São Pedro gozou da amizade do imperador Valentiniano e da mãe deste, Plácida, e por recomendação de ambos, foi nomeado Arcebispo de Ravena. Também gozou da amizade do Papa São Leão Magno. Quando passou a ser arcebispo de Ravena, havia nesta cidade um grande número de pagãos. Ele trabalhou com tanto entusiasmo para convertê-los, que quando ele faleceu já eram pouquíssimos os pagãos neste lugar. Seus sermões eram de grande agrado das pessoas e por isso lhe puseram o sobrenome de "crisólogo", que deseja dizer, que fala muito bem. Sua maneira de falar era concisa, sensível e prática. As pessoas se admiravam por suas exortações bastante breves, serem capazes de resumir as verdades mais importantes da fé.
Conservam dele, 176 sermões, muito bem preparados e cuidadosamente redigidos. Por sua grande sabedoria ao pregar e escrever, foi nomeado Doutor da Igreja, pelo Papa Benedito XIII. Recomendava muito a comunhão frequente e exortava a seus ouvintes a converterem à Sagrada Eucaristia em seu alimento de todas as semanas.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
ORAÇÃO DA SERENIDADE
Deus, dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa, e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia a cada vez, aproveitando um momento de cada vez; aceitando as dificuldades como um caminho para a paz; indagando, como fez Jesus, a este mundo pecador, não como eu teria feito; aceitando que o Senhor tornaria tudo correto se eu me submetesse à sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e extremamente feliz com o Senhor para sempre no futuro. Amém.
HUMORCRISTÃO
O ATEU NO BOSQUE
Um ateu estava passeando em um bosque, admirando tudo o que aquele "acidente da evolução" havia criado.- Mas que árvores majestosas! Que poderosos rios! Que belos animais!Lá ia ele dizendo consigo próprio. À medida que caminhava ao longo do rio, ouviu um ruído nos arbustos atrás de si. Ele virou-se para olhar para trás. Foi então que viu um corpulento urso-pardo caminhando na sua direção. Ele disparou a correr o mais rápido que podia.Olhou, por cima do ombro, e reparou que o urso estava demasiado próximo.Ele aumentou mais a velocidade.Era tanto o seu medo que lágrimas lhe vieram aos olhos.Olhou, de novo, por cima do ombro, e, desta vez, o urso estava mais perto ainda.O seu coração batia freneticamente. Tentou imprimir maior velocidade.Foi, então, que tropeçou e caiu desamparado.Rolou no chão rapidamente e tentou levantar-se. Só que o urso já estava em cima dele, procurando pegá-lo com a sua forte pata esquerda e, com a outra pata, tentando agredí-lo ferozmente.Nesse preciso momento, o ateu clamou: - Oh meu Deus!....O tempo parou.O urso ficou sem reação
O bosque mergulhou em silêncio.Até o rio parou de correr.À medida que uma luz clara brilhava, uma voz vinda do céu dizia:- Tu negaste a minha existência durante todos estes anos, ensinaste a outros que eu não existia, e reduziste a criação a um acidente cósmico. Esperas que eu te ajude a sair desse apuro? Devo eu esperar que tenhas fé em mim?O ateu olhou diretamente para a luz e disse:- Seria hipocrisia da minha parte pedir que, de repente, me passes a tratar como um cristão, mas, talvez, possas tornar o urso um cristão?!- Muito bem - disse a voz.A luz foi embora.O rio voltou a correr.E os sons da floresta voltaram.E, então, o urso recolheu as patas, fez uma pausa, abaixou a cabeça e falou:- Senhor, agradeço profundamente, por este alimento que me deste e que agora vou comer. Amém
A FUGA DO LEPROSO
O Manoel foi preso numa cela em frente à de um leproso. Dia após dia, ele observava o leproso cuidando de suas feridas.Até que certa vez, caiu um dedo do leproso. Este o pegou e o atirou pela janela.Uma semana depois, caiu outro dedo e o leproso atirou-o pela janela.Algum tempo depois, caiu uma orelha, o leproso atirou-a pela janela.Uma semana depois, caiu o pé, o leproso atirou-o pela janela.Aí, o Manoel não agüentou mais e pediu uma audiência com o Diretor.- Olha, senhor diretor, eu não quero ser chamado de dedo duro, mas o gajo que está na cela em frente a minha está fugindo aos pouquinhos....
A LOIRA E AS OVELHAS
Cansada das brincadeiras sobre sua burrice, a loira resolveu pintar o cabelo de preto.Para comemorar o "novo visual", foi dar uma volta de carro pelo campo e lá encontrou um pastor de ovelhas.- Bom dia, senhor pastor! Que lindo rebanho o senhor tem!- Obrigado!- Se eu acertar quantas ovelhas ha em seu rebanho, eu ganho uma?- Claro! Duvido que a senhora seja capaz!- Sao 627!- Impressionante!!! Esse e o número exato de ovelhas do meu rebanho. Pode escolher uma, ela e sua!A loira olhou com atenção todas aquelas ovelhas macias e, depois de muito acariciá-las, selecionou uma e a estava levando para o carro quando o pastor chamou:- Moça! Se eu adivinhar a cor original do seu cabelo, a senhora devolve o meu cachorro?
A VERDADEIRA PÁSCOA
POLÍTICA E SOCIEDADE
ALERTA: A OUTRA FACE DE DILMA ROUSSEFF: CANDIDATA CHAMA NOSSA SENHORA DE " DEUSA"
Trecho da entrevista da candidata Dilma Rousseff ao Brasil Urgente da Rede Bandeirantes de TV (21 de julho)
DATENA – Não sendo nem um pouco criativo, quando fizeram aquela pergunta pro Fernando Henrique, ele demorou três horas e meia para responder… A senhora acredita em Deus?
DILMA – Olha, eu acredito numa força superior que a gente pode chamar de Deus. Eu acredito e… E acredito, mais do que nessa força, se ocê (???) me permitir, acredito na força dessa deusa mulher que é Nossa Senhora.
DATENA – Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de uma forma geral (!!!)…
DILMA – Todas essas múltiplas Nossas Senhoras (!!!) que existem por esse Brasil afora: Nossa Senhora das Dores, das Graças, Aparecida…
DATENA – Porque no fundo, no fundo, elas representam é…
DILMA – Nossa Senhora da Boa-Morte…
DATENA – No fundo, no fundo, Nossa Senhora representa a força que a mulher brasileira tem, né?
DILMA – Representa isso, eu acho, e representa uma coisa que todo mundo precisa: misericórdia. Ela representa muito isso. Proteção! Todo mundo precisa.
ESPAÇO TEOLÓGICO ( DIREITO CANÔNICO )
Divórcio ou Nulidade Matrimonial?
O matrimônio, de acordo com a doutrina católica, é um sacramento, mas, um sacramento bastante especial, porque, nele, os “ministros”, ou seja, os que conferem o sacramento são os próprios noivos. Por outro lado, como todos os sacramentos foram instituídos por Cristo e confiados à Igreja, esta colaca condições para a sua celebração válida. Assim se explica a declaração do parágrafo primeiro do cânon 1057: o matrimônio “é o consentimento das partes legitimamente manifestado entre pessoas juridicamente hábeis que faz o matrimônio; esse consentimento não pode ser suprido por nenhum poder humano”.
Com base neste cânon, podemos firmar que existem três coisas necessárias para um verdadeiro matrimônio: 1- que haja consentimento dos noivos; 2-que esse consentimento seja dado por pessoas juridicamente hábeis (as testemunhas); 3- que esse consentimento seja manifestado legitimamente, ou seja, na forma prevista pela lei. Se por ventura faltar um desses requisitos, não surgirá um verdadeiro matrimônio.
O Sacramento do matrimônio é um dom e ao mesmo tempo uma “vocação e um dever dos esposos cristãos, para que permaneçam fiéis um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência à santa vontade do Senhor” (Familiaris Consortio, n.20). Desta maneira, eis o mandato bíblico: “O que Deus uniu, não separe o homem” (Mt 19,6). Assim, por causa desse mandato a Igreja não faz divórcio e nem anula casamento. Então o que a Igreja faz? A Igreja por meio dos Tribunais Eclesiásticos julga por meio de um processo se verdadeiramente houve ou não o matrimônio. Se constatar que uma das partes por ventura exclui um dos elementos ou ainda alguns elementos do matrimônio este é declarado nulo, ou seja, na realidade, naquele caso concreto, não houve verdadeiro casamento, não obstante todas as cerimônias realizadas.
Dessa maneira, a Igreja não faz divórcio e nem anulação de casamento, o que a Igreja faz é declaração de nulidade. É necessário esclarecer a diferença entre as expressões: anulação e declaração de nulidade. Anulação significa fazer com que aquilo que tinha existência legítima, deixe de tê-la, isto é, que um casamento que inicialmente foi válido passe a ser sem valor jurídico. Enquanto, declarar nulo é o ato mediante o qual a autoridade competente faz a declaração afirmando que um ato jurídico nunca existiu e nem teve valor, apesar das aparências.
Portanto, a Igreja não “anula” matrimônios, mas admite, quando necessário, que alguns casamentos sejam “declarados nulos”. O matrimônio, nesses casos, não é dissolvido: na realidade, nunca existiu. Quanto aos motivos pelos quais um casamento pode ser declarado nulo, veremos na próxima edição deste informativo.
Com base neste cânon, podemos firmar que existem três coisas necessárias para um verdadeiro matrimônio: 1- que haja consentimento dos noivos; 2-que esse consentimento seja dado por pessoas juridicamente hábeis (as testemunhas); 3- que esse consentimento seja manifestado legitimamente, ou seja, na forma prevista pela lei. Se por ventura faltar um desses requisitos, não surgirá um verdadeiro matrimônio.
O Sacramento do matrimônio é um dom e ao mesmo tempo uma “vocação e um dever dos esposos cristãos, para que permaneçam fiéis um ao outro para sempre, para além de todas as provas e dificuldades, em generosa obediência à santa vontade do Senhor” (Familiaris Consortio, n.20). Desta maneira, eis o mandato bíblico: “O que Deus uniu, não separe o homem” (Mt 19,6). Assim, por causa desse mandato a Igreja não faz divórcio e nem anula casamento. Então o que a Igreja faz? A Igreja por meio dos Tribunais Eclesiásticos julga por meio de um processo se verdadeiramente houve ou não o matrimônio. Se constatar que uma das partes por ventura exclui um dos elementos ou ainda alguns elementos do matrimônio este é declarado nulo, ou seja, na realidade, naquele caso concreto, não houve verdadeiro casamento, não obstante todas as cerimônias realizadas.
Dessa maneira, a Igreja não faz divórcio e nem anulação de casamento, o que a Igreja faz é declaração de nulidade. É necessário esclarecer a diferença entre as expressões: anulação e declaração de nulidade. Anulação significa fazer com que aquilo que tinha existência legítima, deixe de tê-la, isto é, que um casamento que inicialmente foi válido passe a ser sem valor jurídico. Enquanto, declarar nulo é o ato mediante o qual a autoridade competente faz a declaração afirmando que um ato jurídico nunca existiu e nem teve valor, apesar das aparências.
Portanto, a Igreja não “anula” matrimônios, mas admite, quando necessário, que alguns casamentos sejam “declarados nulos”. O matrimônio, nesses casos, não é dissolvido: na realidade, nunca existiu. Quanto aos motivos pelos quais um casamento pode ser declarado nulo, veremos na próxima edição deste informativo.
ESPAÇO FILOSOFIA
O SER HUMANO E A SOCIEDADE: INDIVIDUALIDADE OU SOCIABILIDADE?
O homem é um ser em evolução e sua tendência natural é sair do egocentrismo. O homem tem a necessidade de pertencer a um determinado grupo social, seja a família, a escola, o trabalho e tantos outros.
Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.
Quando se fala, por exemplo, em dignidade, em sentimento, amor, ódio, conhecimento, intelectualidade, desejo, indiferença, está se falando em valores intrínsecos do ser humano, em valores que constituem um patrimônio subjetivo, visualizado no mundo exterior apenas nas manifestações que cada pessoa, em determinados momentos, deixa livremente exalar de seu corpo, de seu espírito, de sua alma, mostrando-se como verdadeiramente é, mostrando-se exclusivamente "ser".
Mas, para falarmos de valores intrínsecos, temos, primeiramente, que nos reportarmos ao segundo período do Estado de Direito, que teve seu início em meados do século XIX. No Estado de Direito, vemos que atribui-se ao Estado a missão de buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.
O individualismo, que imperava no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.
O fracasso do chamado Estado Social de Direito é evidente. No Brasil, a exemplo do que ocorre em muitos outros países, não houve a mínima possibilidade de que milhões de brasileiros tivessem garantidos direitos sociais dos mais elementares, como saúde, educação, previdência social, moradia. Grande parte da população não tem assegurado o direito a uma existência digna.
As limitações ao exercício dos Direitos Individuais em benefício de uma coletividade foram o único caminho encontrado para o alcance de maior eqüidade social. Como disse Bobbio, "as sociedades reais, que temos diante de nós, são mais livres na medida em que menos justas e mais justas na medida em que menos livres".
Quando falamos em ser humano, em individualidade e em sociedade, não podemos deixar de falar, também, no lema "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" usado na Revolução Francesa, em 1784, o qual retratava o seguinte:
Liberdade: os homens nascem e permanecem livres e iguais nos direitos. A liberdade é considerada um direito natural;
Igualdade: a lei é a mesma para todos, profissões e funções públicas são acessíveis a todos, sem distinção por nascimento. Os cidadãos são iguais perante a lei, o que significa que privilégios são condenados;
Fraternidade: auxiliar os povos da Europa a se tornarem Estados livres como o francês.
Infelizmente, esse ideal não foi atingido durante a Revolução e nem atualmente.
Durante a Revolução Francesa, na qual a Liberdade surgiu num sentido singular, as pessoas desfrutaram de maiores facilidades e concessões, o que se convencionou chamar de direitos. Estes não eram iguais para todos, se entendermos que a igualdade era a meta mais difícil, devido à crescente divisão social. Até hoje, o homem não realizou os ideais da Revolução. No entanto, grandes mudanças ocorreram na "imortal trindade", tais como: o conceito de liberdade que passou para liberdades, "positiva" e "negativa".
Desde os primórdios da humanidade, a vida em sociedade traz em seu contexto a disputa pelos bens, disputa essa que jamais se arredará, pelo simples fato de cada ser humano constituir um universo próprio de desejos maternais, donde a necessidade de regras gerais é estabelecer limites que possibilitem a não invasão dos direitos individuais.
Quando se fala, por exemplo, em dignidade, em sentimento, amor, ódio, conhecimento, intelectualidade, desejo, indiferença, está se falando em valores intrínsecos do ser humano, em valores que constituem um patrimônio subjetivo, visualizado no mundo exterior apenas nas manifestações que cada pessoa, em determinados momentos, deixa livremente exalar de seu corpo, de seu espírito, de sua alma, mostrando-se como verdadeiramente é, mostrando-se exclusivamente "ser".
Mas, para falarmos de valores intrínsecos, temos, primeiramente, que nos reportarmos ao segundo período do Estado de Direito, que teve seu início em meados do século XIX. No Estado de Direito, vemos que atribui-se ao Estado a missão de buscar a igualdade entre os cidadãos; para atingir essa finalidade, o Estado deve intervir na ordem econômica e social para ajudar os menos favorecidos; a preocupação maior desloca-se da liberdade para a igualdade.
O individualismo, que imperava no período do Estado Liberal, foi substituído pela idéia de socialização, no sentido de preocupação com o bem comum, com o interesse público. Isto não significa que os direitos individuais deixassem de ser reconhecidos e protegidos; pelo contrário, estenderam o seu campo, de modo a abranger direitos sociais e econômicos.
O fracasso do chamado Estado Social de Direito é evidente. No Brasil, a exemplo do que ocorre em muitos outros países, não houve a mínima possibilidade de que milhões de brasileiros tivessem garantidos direitos sociais dos mais elementares, como saúde, educação, previdência social, moradia. Grande parte da população não tem assegurado o direito a uma existência digna.
As limitações ao exercício dos Direitos Individuais em benefício de uma coletividade foram o único caminho encontrado para o alcance de maior eqüidade social. Como disse Bobbio, "as sociedades reais, que temos diante de nós, são mais livres na medida em que menos justas e mais justas na medida em que menos livres".
Quando falamos em ser humano, em individualidade e em sociedade, não podemos deixar de falar, também, no lema "Liberté, Egalité, Fraternité", ou seja, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" usado na Revolução Francesa, em 1784, o qual retratava o seguinte:
Liberdade: os homens nascem e permanecem livres e iguais nos direitos. A liberdade é considerada um direito natural;
Igualdade: a lei é a mesma para todos, profissões e funções públicas são acessíveis a todos, sem distinção por nascimento. Os cidadãos são iguais perante a lei, o que significa que privilégios são condenados;
Fraternidade: auxiliar os povos da Europa a se tornarem Estados livres como o francês.
Infelizmente, esse ideal não foi atingido durante a Revolução e nem atualmente.
Durante a Revolução Francesa, na qual a Liberdade surgiu num sentido singular, as pessoas desfrutaram de maiores facilidades e concessões, o que se convencionou chamar de direitos. Estes não eram iguais para todos, se entendermos que a igualdade era a meta mais difícil, devido à crescente divisão social. Até hoje, o homem não realizou os ideais da Revolução. No entanto, grandes mudanças ocorreram na "imortal trindade", tais como: o conceito de liberdade que passou para liberdades, "positiva" e "negativa".
A primeira, "positiva", é a idéia na qualidade de cidadãos, de participação política, e a "negativa" se resume em poder fazer ou ser aquilo que se quer. A igualdade teve, nesses 200 anos, com o desenvolvimento social, um aumento nas desigualdades, e a fraternidade foi abandonada em um mundo que colocou a afirmação dos Estados Nacionais acima da solidariedade entre os povos.
A palavra caridade, junto com o lema revolucionário Francês "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", em conjunto, formam um símbolo, uma aspiração e uma inspiração, para todas as pessoas comprometidas com os valores humanos e com a organização da vida social e coletiva do homem.
O Estado, por sua vez, na forma como se organiza, tendo em vista uma cidadania melhor, acaba por propor e criar políticas sociais que não levam em conta o cotidiano e a construção de uma cidadania crítica, participativa e de qualidade.
Sabe-se que o problema da desigualdade é um componente histórico-estrutural, que perfaz a própria dinâmica da resistência e da mudança, pois, o capitalismo representa uma sociedade de discriminação. O que se quer são formas mais democráticas, políticas sociais que reduzam o espectro da desigualdade e da desconcentração de renda e poder. O Estado pode ser um eqüalizador de oportunidades, desde que defina, não o seu tamanho ou presença, mas a quem serve.
A concepção de cidadania persistida pelo Estado, ainda baseia-se nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, onde a própria organização política, histórica e social brasileira torna-a impossível, pelas grandes desigualdades e mazelas sociais existentes.
As políticas sociais, embora tenham objetivo de proporcionar uma harmonia entre os três princípios, têm se mostrado insuficientes para resolver as contradições entre a proposta de cidadania e a sua realização efetiva.
Gumersindo Bessa , dá o seguinte parecer sobre o homem social: "Cada um vê as coisas conforme o ponto de vista em que se coloca. O meu ponto de vista para julgar a sociedade é este: o homem social é um carnívoro açamado (amordaçado com açamo - focinheira para cães). O açamo chama-se a lei, polícia, poder público. Nos momentos em que a vigilância do poder público adormece ou a coação legal esmorece, cai o açamo, o homem recobra toda a sua liberdade natural, e fica apenas limitado o seu poder por esta lei única: o mais fraco é presa do mais forte. Encarando assim os fatos sociais, é tão insensato o louvor quanto o vitupério. A natureza é imoral".
De todo o exposto, é inarredável que tenhamos a consciência da impossibilidade de radicalismos, porém, é necessário que o Direito observe, na sua evolução, não apenas a evolução objetiva da sociedade, mas, principalmente, o que o ser humano tem de essência, tornando-se este a razão da existência daquele.
Sonhar com um mundo de iguais: fraterno e livre. Sonhar com um mundo sem religiões em que os homens vivam apenas para o dia de hoje. Sonhar com um mundo sem patrões, sem governos, sem ricos nem pobres. Sonhar com a Utopia de Thomas Moore, com a República de Platão, com o Socialismo de Karl Marx. Sonhar com a Era de Aquários que acabou nunca acontecendo. Sonhar com um mundo completamente diferente do competitivo mundo do século 21. Sonhar, sonhar sempre!
Continuemos, pois, a sonhar. Quem sabe, um dia, conseguiremos idealizar e, acima de tudo, concretizar uma sociedade perfeita. Uma célula fraterna, gerida por um núcleo de notáveis escolhidos entre os mais sábios e mais magnânimos. Uma sociedade que funcione com uma única célula, sempre em prol do bem comum.
A palavra caridade, junto com o lema revolucionário Francês "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", em conjunto, formam um símbolo, uma aspiração e uma inspiração, para todas as pessoas comprometidas com os valores humanos e com a organização da vida social e coletiva do homem.
O Estado, por sua vez, na forma como se organiza, tendo em vista uma cidadania melhor, acaba por propor e criar políticas sociais que não levam em conta o cotidiano e a construção de uma cidadania crítica, participativa e de qualidade.
Sabe-se que o problema da desigualdade é um componente histórico-estrutural, que perfaz a própria dinâmica da resistência e da mudança, pois, o capitalismo representa uma sociedade de discriminação. O que se quer são formas mais democráticas, políticas sociais que reduzam o espectro da desigualdade e da desconcentração de renda e poder. O Estado pode ser um eqüalizador de oportunidades, desde que defina, não o seu tamanho ou presença, mas a quem serve.
A concepção de cidadania persistida pelo Estado, ainda baseia-se nos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade, onde a própria organização política, histórica e social brasileira torna-a impossível, pelas grandes desigualdades e mazelas sociais existentes.
As políticas sociais, embora tenham objetivo de proporcionar uma harmonia entre os três princípios, têm se mostrado insuficientes para resolver as contradições entre a proposta de cidadania e a sua realização efetiva.
Gumersindo Bessa , dá o seguinte parecer sobre o homem social: "Cada um vê as coisas conforme o ponto de vista em que se coloca. O meu ponto de vista para julgar a sociedade é este: o homem social é um carnívoro açamado (amordaçado com açamo - focinheira para cães). O açamo chama-se a lei, polícia, poder público. Nos momentos em que a vigilância do poder público adormece ou a coação legal esmorece, cai o açamo, o homem recobra toda a sua liberdade natural, e fica apenas limitado o seu poder por esta lei única: o mais fraco é presa do mais forte. Encarando assim os fatos sociais, é tão insensato o louvor quanto o vitupério. A natureza é imoral".
De todo o exposto, é inarredável que tenhamos a consciência da impossibilidade de radicalismos, porém, é necessário que o Direito observe, na sua evolução, não apenas a evolução objetiva da sociedade, mas, principalmente, o que o ser humano tem de essência, tornando-se este a razão da existência daquele.
Sonhar com um mundo de iguais: fraterno e livre. Sonhar com um mundo sem religiões em que os homens vivam apenas para o dia de hoje. Sonhar com um mundo sem patrões, sem governos, sem ricos nem pobres. Sonhar com a Utopia de Thomas Moore, com a República de Platão, com o Socialismo de Karl Marx. Sonhar com a Era de Aquários que acabou nunca acontecendo. Sonhar com um mundo completamente diferente do competitivo mundo do século 21. Sonhar, sonhar sempre!
Continuemos, pois, a sonhar. Quem sabe, um dia, conseguiremos idealizar e, acima de tudo, concretizar uma sociedade perfeita. Uma célula fraterna, gerida por um núcleo de notáveis escolhidos entre os mais sábios e mais magnânimos. Uma sociedade que funcione com uma única célula, sempre em prol do bem comum.
ESPAÇO CNBB
Dom Walmor Oliveira de Azevedo sucederá o Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, nomeado pelo Papa Bento nesta quarta-feita ( 28 de Julho de 2010 )
O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado pelo papa Bento XVI, nesta quarta-feira, 28, o novo Ordinário para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de Ordinário do próprio rito. Ele sucede ao arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal dom Eusébio Oscar Scheid.
Dom Walmor, 56, é arcebispo de Belo Horizonte desde 2004. Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, o arcebispo é presidente do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) e da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB. Desde 2009 é também membro da Congregação para a Doutrina da Fé.
Dom Walmor, 56, é arcebispo de Belo Horizonte desde 2004. Doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, o arcebispo é presidente do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) e da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB. Desde 2009 é também membro da Congregação para a Doutrina da Fé.
EVANGELHO DO DIA
Naquele tempo, 19 muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20 Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa.
21 Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá". 23 Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará". 24 Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia". 25 Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?" 27 Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo". Palavra da Salvação! / ´Glória a Vós Senhor!
21 Então Marta disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá". 23 Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará". 24 Disse Marta: "Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia". 25 Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?" 27 Respondeu ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo". Palavra da Salvação! / ´Glória a Vós Senhor!
REFLEXÃO DA PALAVRA
Angústia desnecessária
Ao censurar o ativismo de Marta e elogiar a opção de Maria, Jesus alertava a comunidade dos discípulos contra um perigo real - o ativismo -, sublinhando ao mesmo tempo, a importância de unir a ação a uma profunda contemplação. E, vice-versa, levar a contemplação a desembocar numa ação teologicamente fundamentada.
A iniciativa de Marta, assim que o Mestre chegou à sua casa acompanhado dos discípulos, foi necessária. A caminhada cansativa deixara-os famintos e sedentos. Atenta a isto, a amiga lançou-se ao trabalho sem demora. Já Maria preocupou-se com a acolhida afetuosa. Por isso, colocou-se aos pés do amigo e pôs-se a escutar suas palavras.
"Ouvir a palavra" foi a melhor parte que ela escolheu, e que "não lhe seria tirada", na medida em que esta palavra calasse fundo em seu coração a ponto de transformar-lhe toda a existência. Se só a parte escolhida por Maria foi boa, implicitamente a atitude de Marta acabou sendo censurada. Não pelo fato de se empenhar em servir Jesus e seus discípulos, mas porque deu à sua escolha um valor tão grande, a ponto de minimizar o que, no parecer de Jesus, era o mais importante.
A iniciativa de Marta, assim que o Mestre chegou à sua casa acompanhado dos discípulos, foi necessária. A caminhada cansativa deixara-os famintos e sedentos. Atenta a isto, a amiga lançou-se ao trabalho sem demora. Já Maria preocupou-se com a acolhida afetuosa. Por isso, colocou-se aos pés do amigo e pôs-se a escutar suas palavras.
"Ouvir a palavra" foi a melhor parte que ela escolheu, e que "não lhe seria tirada", na medida em que esta palavra calasse fundo em seu coração a ponto de transformar-lhe toda a existência. Se só a parte escolhida por Maria foi boa, implicitamente a atitude de Marta acabou sendo censurada. Não pelo fato de se empenhar em servir Jesus e seus discípulos, mas porque deu à sua escolha um valor tão grande, a ponto de minimizar o que, no parecer de Jesus, era o mais importante.
Necessário para ela foi sua bem-intencionada veneração por Jesus. No entanto, desconheceu a importância daquele momento único para se fazer discípula verdadeira - ouvinte da Palavra. Com tal atitude teria colocado em segundo plano tudo o mais, até mesmo o esforço de preparar-lhe uma boa refeição. Marta enganou-se em sua avaliação!
SANTO DO DIA ( 29 DE JULHO DE 2010 )
SANTA MARTA
Santa Marta era irmã de Lázaro e Maria, amigos de Jesus, tanto que o Senhor costumava se hospedar com eles e tinha-lhes especial afeto e carinho.
Certo dia Jesus chegou a Betânia com seus 12 apóstolos. Marta corria para todos os lugares preparando os alimentos, limpando a casa, servindo-os e Jesus, como sempre, aproveitando-se daqueles instantes de descanso, dedicava-se a dar sábias instruções a seus discípulos. Entre eles, sentada também no chão estava Maria, a irmã de Marta, extasiada, ouvindo a Jesus. Prontamente Marta se detém um pouco com seus afazeres e aproximando-se de Jesus lhe diz com toda confiança: "Senhor, como te parece que minha irmã me haja deixado sozinha a fazer todo o trabalho da casa? Por que não lhe dizes que me ajude um pouco?". Jesus com um suave sorriso e tom bondoso lhe responde: "Marta, Marta, te perturbas e te preocupas por muitas coisas. Somente uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada". Marta entendeu a lição e tirando o avental sentou-se também ali no chão para ouvir as divinas instruções do Salvador.
Agora sabia que todos os empenhos materiais não valem tanto como ouvir os ensinamentos que vem do céu pois somente assim se pode aprender o caminho da eterna salvação. O nome Marta é de origem hebraica, que quer dizer, “ama da casa, senhora”. Marta foi uma das mulheres que acompanharam Cristo no calvário e na sua ressurreição. É patrona das cozinheiras porque convidou Jesus para comer em sua casa. Ela é patrona ainda dos hoteleiros.
Outras santas de nome Marta: 19 de janeiro (mártir), 23 de fevereiro (virgem e mártir espanhola decapitada em Astorga em 251), e 20 de outubro (virgem e mártir). Como beata há ainda: Marta Poulain (mártir) e 1 de fevereiro.
Oração de Santa Marta
Santa Marta de Betânia, hospedeira do Senhor, hoje o Povo da Aliança canta um hino em teu louvor. Tua casa foi o abrigo onde o Mestre repousou. No calor de um lar amigo, ele as forças renovou. Pão e vinho lhe serviste, quando tua irmã, Maria, vida eterna em alimento dos seus lábios recebia. Reclamastes a sua ausência junto a Lázaro doente, proclamando assim a fé no seu Verbo onipotente. Dele escutas a promessa: teu irmão ressurgirá. E proclamas: Tu és Cristo, Deus conosco em ti está. No milagre testemunhas seu poder e seu amor: teu irmão retorna à vida, à palavra do Senhor. Que possamos caminhar com Jesus, na fé ardente, e contigo contemplar sua face eternamente. Amém.
Certo dia Jesus chegou a Betânia com seus 12 apóstolos. Marta corria para todos os lugares preparando os alimentos, limpando a casa, servindo-os e Jesus, como sempre, aproveitando-se daqueles instantes de descanso, dedicava-se a dar sábias instruções a seus discípulos. Entre eles, sentada também no chão estava Maria, a irmã de Marta, extasiada, ouvindo a Jesus. Prontamente Marta se detém um pouco com seus afazeres e aproximando-se de Jesus lhe diz com toda confiança: "Senhor, como te parece que minha irmã me haja deixado sozinha a fazer todo o trabalho da casa? Por que não lhe dizes que me ajude um pouco?". Jesus com um suave sorriso e tom bondoso lhe responde: "Marta, Marta, te perturbas e te preocupas por muitas coisas. Somente uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte que não lhe será tirada". Marta entendeu a lição e tirando o avental sentou-se também ali no chão para ouvir as divinas instruções do Salvador.
Agora sabia que todos os empenhos materiais não valem tanto como ouvir os ensinamentos que vem do céu pois somente assim se pode aprender o caminho da eterna salvação. O nome Marta é de origem hebraica, que quer dizer, “ama da casa, senhora”. Marta foi uma das mulheres que acompanharam Cristo no calvário e na sua ressurreição. É patrona das cozinheiras porque convidou Jesus para comer em sua casa. Ela é patrona ainda dos hoteleiros.
Outras santas de nome Marta: 19 de janeiro (mártir), 23 de fevereiro (virgem e mártir espanhola decapitada em Astorga em 251), e 20 de outubro (virgem e mártir). Como beata há ainda: Marta Poulain (mártir) e 1 de fevereiro.
Oração de Santa Marta
Santa Marta de Betânia, hospedeira do Senhor, hoje o Povo da Aliança canta um hino em teu louvor. Tua casa foi o abrigo onde o Mestre repousou. No calor de um lar amigo, ele as forças renovou. Pão e vinho lhe serviste, quando tua irmã, Maria, vida eterna em alimento dos seus lábios recebia. Reclamastes a sua ausência junto a Lázaro doente, proclamando assim a fé no seu Verbo onipotente. Dele escutas a promessa: teu irmão ressurgirá. E proclamas: Tu és Cristo, Deus conosco em ti está. No milagre testemunhas seu poder e seu amor: teu irmão retorna à vida, à palavra do Senhor. Que possamos caminhar com Jesus, na fé ardente, e contigo contemplar sua face eternamente. Amém.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
SANTO DO DIA
SANTO INOCÊNCIO
Eleito Papa em 401 e teve um pontificado de 16 anos, operoso e bastante difícil, durante o qual Roma foi invadida e saqueada pelos bárbaros visigodos. Santo Inocêncio teve ainda lutas acesas contra as heresias do tempo e precisou defender São João Crisóstomo, que fora injustamente despojado.do.Patriarcado.de.Constantinopla.
Suas intervenções doutrinárias, se referem à liturgia sacramental,.a reconciliação unção dos enfermos, ao batismo,.à.indissolubilidade.do.matrimônio.
Com humaníssima sensibilidade ele sabia confortar a todos nos sofrimentos. Um dos trechos da carta que escreveu a são Jerônimo, recomendava-lhe paternalmente como deveria proceder. Foi sepultado no cemitério de Ponciano na via Portuense.
REFLEXÃO DA PALAVRA
A VERDADEIRA DECISÃO
A relação do discípulo com o Reino deve ser de exclusividade. Em sua vida, nada pode apresentar-se como concorrente desse Reino, pois este tem a primazia em tudo, deve ser o ponto de referência para tudo, o eixo de sua existência. E tudo isto se explica como adesão e serviço total ao Reino.
Jesus comparou a radicalidade desta opção com o gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava desfazer-se de tudo o mais.
Outro ponto de comparação foi a atitude de um comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso. Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
Jesus comparou a radicalidade desta opção com o gesto de um homem que, ao descobrir um tesouro escondido num campo, cheio de alegria vendeu quanto possuía e adquiriu aquele campo. Essa descoberta levou-o a redimensionar o valor de suas propriedades. A posse do tesouro justificava desfazer-se de tudo o mais.
Outro ponto de comparação foi a atitude de um comerciante de pérolas preciosas: ao encontrar uma de grande valor, decidiu desfazer-se de todos os seus bens, só para adquiri-la. A posse da pérola levou-o a dar uma reviravolta em sua vida: todas as demais pérolas que possuía, bem como outras eventuais propriedades, pouco valor tinham para ele. A posse da pérola preciosa era suficiente para fazê-lo feliz.
O mesmo se passa com o Reino. Ele constitui a alegria do discípulo, embora tivera de renunciar ao que antes lhe parecia precioso. Por causa do Reino, o discípulo é capaz de tomar decisões radicais.
EVANGELHO DO DIA ( 28 DE JULHO DE 2010 )
O tesouro e a pérola
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44"O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo.
45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola". Palavra da Salvação!
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44"O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo.
45 O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46 Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola". Palavra da Salvação!
terça-feira, 27 de julho de 2010
ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS
ORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS
Ó Trindade Santa
Estamos na Caminhada de Celebração do Centenário da Diocese de Montes Claros
(Dez anos como Arquidiocese)
Queremos vos agradecer tantas graças recebidas e pela ação evangelizadora intensa.
Pedimos Vossa ajuda para realizarmos com grandes frutos
nossa 2ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
Vivemos como Igreja unida, através das Paróquias, das Comunidades,
das Pastorais, dos Movimentos e das Organizações Eclesiais.
Dai-nos força e perseverança para enfrentarmos os desafios de uma evangelização transformadora.
Queremos nos unir cada vez mais, como verdadeiros discípulos-missionários,
para promovermos a VIDA PLENA para todos.
Assim, a inclusão social e fraterna irá se realizando melhor.
O Vosso Reino aconteça cada vez mais com Vossa ajuda e a proteção da Virgem Maria.
Amém.
Estamos na Caminhada de Celebração do Centenário da Diocese de Montes Claros
(Dez anos como Arquidiocese)
Queremos vos agradecer tantas graças recebidas e pela ação evangelizadora intensa.
Pedimos Vossa ajuda para realizarmos com grandes frutos
nossa 2ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
Vivemos como Igreja unida, através das Paróquias, das Comunidades,
das Pastorais, dos Movimentos e das Organizações Eclesiais.
Dai-nos força e perseverança para enfrentarmos os desafios de uma evangelização transformadora.
Queremos nos unir cada vez mais, como verdadeiros discípulos-missionários,
para promovermos a VIDA PLENA para todos.
Assim, a inclusão social e fraterna irá se realizando melhor.
O Vosso Reino aconteça cada vez mais com Vossa ajuda e a proteção da Virgem Maria.
Amém.
- Dom José Alberto Moura, CSS -Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
Espaço Cebs
Fé e política: a dimensão transformadora da fé
Se de fato acreditamos, numa perspectiva do exercício pleno da cidadania, que a política é a arte de promover o bem comum total,então não podemos fugir à nossa vocação natural de seres eminentemente políticos, na medida em que todos somos chamados a trabalhar no empenho perseverante e permanente para construir e organizar a cidade (polis), lugar onde todos os cidadãos poderão e deverão experimentar a alegria de viver e realizar assim o projeto que é o sentido último da vida humana: a felicidade. Esta vocação fundamental, confiada a todo ser humano, é traduzida em termos cristãos pela categoria reino de Deus que é o primado absoluto da ação salvadora, misericordiosa e amorosa de Deus, que intervém na história para fazer novas todas as coisas.
“A participação política é uma das formas mais nobres do compromisso a serviço dos outros e do bem comum”.
Se de fato acreditamos, numa perspectiva do exercício pleno da cidadania, que a política é a arte de promover o bem comum total,então não podemos fugir à nossa vocação natural de seres eminentemente políticos, na medida em que todos somos chamados a trabalhar no empenho perseverante e permanente para construir e organizar a cidade (polis), lugar onde todos os cidadãos poderão e deverão experimentar a alegria de viver e realizar assim o projeto que é o sentido último da vida humana: a felicidade. Esta vocação fundamental, confiada a todo ser humano, é traduzida em termos cristãos pela categoria reino de Deus que é o primado absoluto da ação salvadora, misericordiosa e amorosa de Deus, que intervém na história para fazer novas todas as coisas.
Por isso, ao cristão competirá, no compromisso de anunciar o reino e no empenho para concretizá-lo, uma responsabilidade ainda maior, dada a sua missão de continuar, no mundo, a ação libertadora do Mestre Jesus que é, por excelência, o comunicador da Boa Nova do Pai, estabelecendo como programa e projeto de vida, o cumprimento e a realização plena da justiça como “ano de graça do Senhor” para todos. No seguimento de Jesus, Cidadão do Reino, que se apresenta como modelo insuperável de construção do reino de Deus para as cidades [8], o cristão, cidadão da terra, é chamado a “entrar na ação para difundir as energias do Evangelho” e trabalhar para apressar a chegada do reino que transformará a terra no paraíso que, desde as origens, é sonho humano e glória de Deus.
PRIORIDADE DA IGREJA CATÓLICA NO HAITI SERÁ A RECONSTRUÇÃO DE ESCOLAS
Santa Sé, por meio do núncio apostólico do Haiti, dom Bernardito Auza, informou que o objetivo principal agora, após o terremoto que vitimou mais de 250 mil pessoas, em janeiro passado, será a reconstrução das escolas.O Núncio precisou que os projetos terão início em 2011, e até lá se aguarda a confirmação, por parte do governo, do plano de reconstrução da capital, Porto Príncipe.Uma delegação vaticana realizou na quinta-feira, 22, uma visita ao Haiti, e se reuniu com os líderes da Igreja local, visitou campos de desabrigados e conheceu a sede da Caritas daquele país. Segundo relatório apresentado esta semana pelo Escritório das Nações Unidas para Projetos e Serviços (UNOPS), engenheiros que trabalham no Haiti detectaram 200 mil edifícios no país com danos estruturais provocados pelo terremoto de janeiro.O UNOPS afirma que está trabalhando em conjunto com o Ministério de Obras Públicas, Transporte e Comunicação do país para elaborar o plano de reconstrução e permitir que os deslocados voltem para casa.Segundo o UNOPS, escolas e residências em locais com alta concentração de acampamentos têm prioridade.
Espaço Teológico
V. FUNDAMENTOS TEOLÓGICOS DA DISCIPLINA DO CELIBATO:
No atual debate sobre celibato, se dá maior ênfase na necessidade de aprofundar teologicamente no sacerdócio a fim de deduzir a verdade e apreciar a verdade única e completa da teologia do celibato da Igreja Católica Latina.
Temos, portanto, por esse motivo, a tarefa atual e importante de analisar os elementos teológicos tanto do sacerdócio do Novo Testamento como, a partir deste, o celibato dos ministros sagrados. Ambos têm suas raízes nas Escrituras – a principal fonte da Teologia católica – e na Tradição da Igreja que revela e interpreta o testemunho escriturístico.
O sacerdócio de Jesus Cristo é um profundo mistério da nossa fé. Para compreender isso, o homem deve se abrir para uma visão sobrenatural e submeter a sua razão a um modo transcendente de pensar. Em tempos de fé viva, que incentiva e orienta não só a cada fiel como pessoa única, mas também permeia a vida e dá forma à vida de toda a comunidade crente, Cristo Sacerdote constitui na consciência de todos o centro da vida de fé pessoal e comunitária. Em tempos de declínio do sentido da fé, pelo contrário, a figura de Cristo Sacerdote desbota e desaparece cada vez mais da consciência dos homens e da sociedade, e não está mais no centro da vida cristã.
Esta mesma imagem é também aplicável no caso de um sacerdote de Cristo. Em tempos de fé viva, na verdade não é difícil ao sacerdote reconhecer-se em Cristo, identificar-se com Ele, contemplar e viver a essência do próprio sacerdócio em íntima união com Cristo Sacerdote, ver nele “a única fonte” e o “modelo insubstituível” da própria condição sacerdotal.
Mas, em meio a uma atmosfera racionalista que desvia cada vez mais a mente humana do sobrenatural, em uma época de materialismo que obscurece cada vez mais a realidade espiritual, torna-se cada vez mais difícil para o sacerdote resistir à pressão da mentalidade secularizante. A identidade espiritual e transcendente de seu sacerdócio tende a desvanecer se ele não se esforça, conscientemente, em aprofundar nela e em mantê-la viva, por meio de uma íntima união pessoal com Cristo.
Essa crítica situação torna ainda mais indispensável a ajuda para os sacerdotes de uma ascética e de uma mística adequadas ao estado das coisas. É preciso que lhes revelem a tempo os perigos que ameaçam ao seu sacerdócio, mostrando-lhes as necessidades e que se ponham à disposição os meios que a sua vida sacerdotal requerem. A atual crise de identidade do sacerdócio católico se manifesta toda sua crueza através da renúncia de milhares de sacerdotes ao seu ministério, através também da profunda secularização de muitos outros que continuam em um serviço puramente formal, e, enfim, através da escassez de vocações causadas pela rejeição a seguir ao chamado de Cristo. Numa situação desse tipo é uma necessidade fundamental para desenvolver uma pastoral sacerdotal nova, que seja consciente das circunstâncias e das exigências atuais e que responda, em uma palavra, ao “contexto presente”.
Temos, portanto, por esse motivo, a tarefa atual e importante de analisar os elementos teológicos tanto do sacerdócio do Novo Testamento como, a partir deste, o celibato dos ministros sagrados. Ambos têm suas raízes nas Escrituras – a principal fonte da Teologia católica – e na Tradição da Igreja que revela e interpreta o testemunho escriturístico.
O sacerdócio de Jesus Cristo é um profundo mistério da nossa fé. Para compreender isso, o homem deve se abrir para uma visão sobrenatural e submeter a sua razão a um modo transcendente de pensar. Em tempos de fé viva, que incentiva e orienta não só a cada fiel como pessoa única, mas também permeia a vida e dá forma à vida de toda a comunidade crente, Cristo Sacerdote constitui na consciência de todos o centro da vida de fé pessoal e comunitária. Em tempos de declínio do sentido da fé, pelo contrário, a figura de Cristo Sacerdote desbota e desaparece cada vez mais da consciência dos homens e da sociedade, e não está mais no centro da vida cristã.
Esta mesma imagem é também aplicável no caso de um sacerdote de Cristo. Em tempos de fé viva, na verdade não é difícil ao sacerdote reconhecer-se em Cristo, identificar-se com Ele, contemplar e viver a essência do próprio sacerdócio em íntima união com Cristo Sacerdote, ver nele “a única fonte” e o “modelo insubstituível” da própria condição sacerdotal.
Mas, em meio a uma atmosfera racionalista que desvia cada vez mais a mente humana do sobrenatural, em uma época de materialismo que obscurece cada vez mais a realidade espiritual, torna-se cada vez mais difícil para o sacerdote resistir à pressão da mentalidade secularizante. A identidade espiritual e transcendente de seu sacerdócio tende a desvanecer se ele não se esforça, conscientemente, em aprofundar nela e em mantê-la viva, por meio de uma íntima união pessoal com Cristo.
Essa crítica situação torna ainda mais indispensável a ajuda para os sacerdotes de uma ascética e de uma mística adequadas ao estado das coisas. É preciso que lhes revelem a tempo os perigos que ameaçam ao seu sacerdócio, mostrando-lhes as necessidades e que se ponham à disposição os meios que a sua vida sacerdotal requerem. A atual crise de identidade do sacerdócio católico se manifesta toda sua crueza através da renúncia de milhares de sacerdotes ao seu ministério, através também da profunda secularização de muitos outros que continuam em um serviço puramente formal, e, enfim, através da escassez de vocações causadas pela rejeição a seguir ao chamado de Cristo. Numa situação desse tipo é uma necessidade fundamental para desenvolver uma pastoral sacerdotal nova, que seja consciente das circunstâncias e das exigências atuais e que responda, em uma palavra, ao “contexto presente”.
Espaço Filosófico
A Vida e as Obras
Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos. E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de ARISTÓTELES, e será o maior vulto da filosofia metafísica cristã, Agostinho inspira-se em PLATÃO, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação.
Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem espiritual.
Entrementes depois de maduro exame crítico abandonara o maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - no começo do ano 386. Entretanto a conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.
Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hipona até à morte, que se deu durante o assédio da cidade pelos vândalos, a 28 de agosto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade.
Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .
Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade.
Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem espiritual.
Entrementes depois de maduro exame crítico abandonara o maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - no começo do ano 386. Entretanto a conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.
Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hipona até à morte, que se deu durante o assédio da cidade pelos vândalos, a 28 de agosto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade.
Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .
Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade.
EVANGELHO DO DIA
Naquele tempo, 36 Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Explica-nos a parábola do joio!" 37 Jesus respondeu: "Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos.
40 Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42 e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça".
40 Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 o Filho do Homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42 e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça".
27 DE JULHO DE 2010 ***BEATA MARIA MADALENA MARTINENGO***
Filha do Conde de Martinengo de Barco e Margarida, da família dos condes Secchi de Aragão, ficou órfã de mãe com um ano de idade e foi educada por sua madrinha e por uma humilde empregada que teve grande influência sobre ela, em especial, sobre sua vocação religiosa.
Com apenas 10 anos de idade recitava o breviário, pois era muito inclinada à devoção e à mortificação, mostrando um grande desejo de "imitar tudo o que haviam feito os santos". Completou seus estudos nos melhores colégio de Bréscia e com 13 anos de idade fez votos de virgindade. Após esse voto padeceu terríveis tentações que somente superou aos 22 anos de idade.
Aos 18 anos, ingressou na convento capuchinho de Santa Maria das Neves de sua cidade natal. Em 1706 fez sua profissão. Mudando o nome de batismo que era Margarida para Maria Madalena. Três vezes foi mestra de noviças e, durante alguns períodos desempenhou o humilde cargo de porteira. Em 1732 e em 1736, foi escolhida como superiora. Deus premiou seu desinteressado amor com experiências místicas extraordinárias e com o dom de milagres. Viveu 32 anos em clausura. Sofreu fortes perseguições de outras freiras pelos fenômenos que a assistiam, como estigmas, êxtases, aparições, ciência infusa, telepatia, profecia, milagres, etc.
A beata professava particular devoção à coroação de espinhos e, após sua morte, descobriu-se que levava sob o véu, ao redor da cabeça, uma coroa de pontas espinhosas. Maria Madalena soube unir as mortificações ao cumprimento de seus deveres de mestra e superiora, no amor ao silêncio e em uma grande mansidão em seus diálogos. Deixou uma autobiografia que é uma obra-prima de espiritualidade e de vida mística. Assim que faleceu, foi tida como santa pelas freiras e pela população da cidade. Foi beatificada por Leão XIII, em 1900.
Com apenas 10 anos de idade recitava o breviário, pois era muito inclinada à devoção e à mortificação, mostrando um grande desejo de "imitar tudo o que haviam feito os santos". Completou seus estudos nos melhores colégio de Bréscia e com 13 anos de idade fez votos de virgindade. Após esse voto padeceu terríveis tentações que somente superou aos 22 anos de idade.
Aos 18 anos, ingressou na convento capuchinho de Santa Maria das Neves de sua cidade natal. Em 1706 fez sua profissão. Mudando o nome de batismo que era Margarida para Maria Madalena. Três vezes foi mestra de noviças e, durante alguns períodos desempenhou o humilde cargo de porteira. Em 1732 e em 1736, foi escolhida como superiora. Deus premiou seu desinteressado amor com experiências místicas extraordinárias e com o dom de milagres. Viveu 32 anos em clausura. Sofreu fortes perseguições de outras freiras pelos fenômenos que a assistiam, como estigmas, êxtases, aparições, ciência infusa, telepatia, profecia, milagres, etc.
A beata professava particular devoção à coroação de espinhos e, após sua morte, descobriu-se que levava sob o véu, ao redor da cabeça, uma coroa de pontas espinhosas. Maria Madalena soube unir as mortificações ao cumprimento de seus deveres de mestra e superiora, no amor ao silêncio e em uma grande mansidão em seus diálogos. Deixou uma autobiografia que é uma obra-prima de espiritualidade e de vida mística. Assim que faleceu, foi tida como santa pelas freiras e pela população da cidade. Foi beatificada por Leão XIII, em 1900.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
SALMO 91
1 AQUELE que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.
2 Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei.
3 Porque ele te livrará do laço do passarinheiro, e da peste perniciosa.
4 Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel.
5 Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,
6 Nem da peste que anda na escuridão, nem da mortandade que assola ao meio-dia.
7 Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti.
8 Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios.
9 Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação.
10 Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.
11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
12 Eles te sustentarão nas suas mãos, para que não tropeces com o teu pé em pedra.
13 Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos pés o filho do leão e a serpente.
14 Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome.
15 Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei.
16 Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.
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