PAVRAS DE SALVAÇÃO


"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido." (João 10 : 14)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O QUE É A IGREJA

A palavra Igreja vem da palavra grega Ikklesía, que significa: “ Assembléia do povo”.

Para o antigo povo grego, Igreja significava: Reunião ou assembléia dos homens livres ( cidadãos ) das redondezas para discutir e resolver assuntos ou problemas de interesse de toda a comunidade.
Para o povo judeu, na época de Jesus, Igreja significava: Assembléia ou reunião do povo de Deus. Deus era o centro da assembléia reunida. Para nós, cristãos, Igreja tem um significado mais amplo: Significa: “ Conjunto organizado de todas aquelas pessoas que professam a mesma fé,aceitam e assumem o projeto libertador de Jesus Cristo e seu programa de vida, iluminados pelo Espírito Santo, como sinal de adesão e de mudança de vida, pedem o Batismo e se reúnem em nome de Jesus Cristo para celebrar sua vida e procurar, em colaboração como os que não são Igreja, soluções sempre mais humanas para as necessidades e os problemas humanos”. ( GS, 11 )
Através da história, a Igreja recebeu vários nomes ( ou títulos ): Povo de Deus, Corpo Místico, Templo de Deus, Sociedade Perfeita, Esposa de Cristo, Cidade Santa, Casa do Senhor, Vinha do Senhor, Rebanho de Cristo, Mistério, Peregrina, Mãe e Mestra, e muitos outros.
Há muita discussão a respeito da questão: “ Que pessoas pertencem á Igreja”? Para se chegar a uma resposta, é preciso considerar que há um ponto de vista “quantitativo”, isto é, a quantidade de membros; mas há também o ponto de vista “qualitativo”, quer dizer, mais do que quantidade, o que de fato vale a pena é a “qualidade” desses membros da Igreja. O documento “Gaudium et Spes” no número 11, diz que é a fé que identifica o cristão. E acrescenta: “ A fé ilumina a realidade com uma nova luz, ajudando os homens a terem uma visão global da sua existência”. A função da Igreja não é apresentar soluções isoladas, mas buscá-las e iluminá-las com os demais homens.

domingo, 5 de setembro de 2010

HISTÓRIA DA IGREJA

Há muitas maneiras de fazer história. A história do cristianismo e da Igreja têm cunho especial, marcado pela constante exigência de ser fiel ao plano de Deus. Neste polígono damos uma idéia da história feita ao longo dos séculos pelos cristãos.
O judaísmo e o cristianismo são, por excelência, religiões de memória, baseados na recordação dos fatos históricos que são rememorados ao longo dos tempos. A consciência da história do povo fundamenta na convicção que o próprio Javé, presença libertadora, salvou de Israel da dominação e da exploração egípcia.
A idéia de libertação percorre todo o Antigo Testamento. O Êxodo possibilitou a formação da memória coletiva do povo de Israel, sem igual nos outros povos da antiguidade. Para os israelitas, a história não era cíclica, baseada no eterno retorno das coisas e dos tempos. Tinha uma finalidade e era, por conseguinte, irreversível.
Os israelitas viam a História como dirigida para um fim. Essa concepção contrastava como o pensamento grego, baseado no eterno retorno de situações iguais. Para os gregos nada realmente novo acontecia sob o sol. Heródoto e Tucídides se interessavam pela História, para dela tirar lições políticas. Podemos qualificar a historiografia grega de pragmática. Ela não tocava o âmago da existência humana, não tinha uma dimensão religiosa.
O Cristianismo herdou do judaísmo seu caráter memorial. Centrou sua memória na encarnação, vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, o libertador não só da escravidão do Egito, mas de todas as formas de dominação. Os judeus continuam esperando o messias, enquanto os cristãos realizam o tempo, o Reino de Deus, em três momentos: A criação, o evento Jesus, e a parusia.
Os cristãos bem sabem que sua religião fica em pé ou cai, segundo a veracidade ou não de sua memória. Esse cuidado cristão pela memória provém especificamente das tradições rabínicas veiculadas nas sinagogas. Os rabinos avivavam a memória através de expressões lapidares, parábolas, fatos significativos, exemplos, provérbios, comparações.
Os cristãos que conseguiram de maneira mais convincente realizar a prática de Jesus, no tempo e no lugar onde viviam, sentiram a necessidade de preservar a memória. O santo mais simpático da Idade Média, São Francisco de Assis, mandou escrever no seu testamento: Para que em sinal de memória de minha bênção e de meu testamento eles (os irmãos ) sempre se amem uns aos outros.
Com tudo isso, temos que ficar atentos ao caráter peculiar da memória cristã. Ela foi e continua sendo frequentemente uma memória de vencidos e humilhados, marginalizados e desprezados, e não se articula com a tradição hagemônica da historiografia das grandes culturas, através de discursos, monumentos, arquivos, documentos, iconografia e arquitetura.
Ela transmite de geração em geração como uma tradição oral, uma resistência cultural. A memória cristã sobrevive, antes de mais nada, na comunidade. Nessa tradição se inserem as atuais práticas das comunidade eclesiais de base, espalhadas pela América Latina.
Na missão de reavivar a memória junto ás comunidades, a História da Igreja tem o seu papel a cumprir, pois a memória cristã não é, de modo algum uma memória apenas individual ( minha fé, minha salvação ), mas uma memória coletiva, a memória de um povo.
O povo cristão que faz a experiência comunitária pergunta-se, no inicio, os cristãos também se reuniam para resolver seus problemas, se eles também eram animados pela mesma esperança. Aparece, aqui, um apelo das comunidades. Diante deste apelo se situa a missão do historiador. “ A tarefa do historiador é de transformar a memória em ciência”. O povo tem direito á história no sentido pleno, não apenas a episódios esporádicos e parciais. Ela aprende a descobrir as causas e os motivos dos acontecimentos.
O povo vai aprendendo a ler a realidade e a escrevê-la. Vai escrevendo sua própria história, a história da libertação. Se não há acontecimento da realidade, não há transformação dessa realidade; trata-se de conhecer para transformar.
( Seminarista Danilo Munduruca- 1º Perído de Teologia )

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ORAÇÃO PELOS SACERDOTES


Oração pelos sacerdotes


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se transviam no caminho, onde um dia entraram com amor e alegria, e hoje põem em dúvida perante as dificuldades que encontram. Nós Vos imploramos, acudi-lhes! Dissipai-lhes as dúvidas e mostrai-lhes a alegria de ser Vosso.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não rezam, não imploram graça e Luz para as suas dúvidas e tentações, que não pedem perdão pelos seus pecados e que não rezam por aqueles de quem têm responsabilidade. Senhor, para eles imploramos a graça da oração.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se entregam exclusivamente às obras, que vivem no desejo do êxito, que se deixam embalar pelos louvores e descuidam da sua vida espiritual. Para eles, rogamo-Vos perdão, graça e Luz.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se envaidecem do seu saber, que estudam para mostrar cada vez mais sabedoria ao mundo, mas cujo saber está eivado de doutrinas falsas, que põem em dúvida a Vossa própria Palavra nas Sagradas Escrituras, e assim geram a descrença nos filhos que lhes confiastes. Mostrai-lhes, Senhor, a Vossa Verdade, iluminai-lhes o caminho.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes mundanizados, que apreciam as festas, as comodidades, os luxos e o dinheiro e, por isso, se aproximam apenas das pessoas mais ricas, desprezando os pobres. Perdoai-lhes, Jesus, e mostrai-lhes o Vosso Caminho de pobreza e humildade.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que desprezam o trabalho humilde do confessionário e o atendimento daqueles que os procuram na necessidade de um conselho, que afastam as almas aflitas com palavras de aborrecimento e pressa, que afastam as pessoas da confissão, da qual eles próprios se afastam também. Iluminai-os, nós Vos pedimos, ajudai-os a dominar-se, tocai-os com o Vosso Amor.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se deixam dominar pelos sentidos e pelas paixões, pelos que se deixam seduzir e pelos que são eles próprios a atrair e a seduzir, com palavras de mel, com o Vosso Nome e o de Vossa Santa Mãe nos lábios, enganando incautos, tristes, desanimados e ingénuos, levando-os para o seu próprio pecado oculto. Perdão para eles, Jesus. Perdoai e convertei-os!


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que recusam a Vossa Cruz, e atiram com ela para os ombros dos irmãos, com manifestações de mau génio ou de preguiça. Mostrai-lhes, Senhor, a Sabedoria da Cruz e enchei-os da Vossa própria paciência.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm cargos de chefia, de destaque, para que exerçam as suas funções com humildade e delas não se envaideçam, mas as usem para Vos servir.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são orientadores de grupos, para que lhes sejam dadas as graças necessárias ao bom desempenho do seu cargo e à sua santificação pessoal.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão no ensino e Vos imploramos para eles a Sabedoria e a Ciência de que necessitam nas Suas funções aliadas a um grande amor por Vós, para comunicarem aos seus alunos.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que têm de responder perante os meios de comunicação, para que transmitam sabedoria verdadeira.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são superiores de casas religiosas, para que transmitam o Vosso amor a todos os irmãos e cresçam em santidade.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças para os sacerdotes que estão ligados a grandes obrigações pastorais, para que as exerçam com amor, na total entrega à Vossa Vontade. Enchei-os, Senhor, de sabedoria e de santidade, de Luz e fortaleza.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes encarregados de pregar, para que lhes seja dada a Luz e a pureza necessária aos bons frutos da sua missão.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se vêem rodeados de papéis para analisar, de assuntos para resolver. Acompanhai-os, Senhor, e enchei-os de Sabedoria.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de acção de graças, para os sacerdotes que chegaram ao fim do dia e não tiveram uma hora para estar conVosco. Nós Vos imploramos, ide Vós ter com eles e tocai-lhes o coração com a Vossa graça e o Vosso Amor, para que vejam que a Vossa companhia é melhor que tudo o mais.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que trabalham nos hospitais, para que lhes seja dada a graça de transmitir a paz e a esperança aos doentes e comunicar o Vosso Amor a todos, principalmente aos que vão morrer.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que andam de paróquia em paróquia assoberbados de trabalho. Santificai, Senhor, as suas lides apostólicas com as graças dos Vossos trabalhos e canseiras.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão doentes e para os que são idosos. Concedei-lhes a graça de aproveitarem as suas dores e dificuldades para crescerem em amor e santidade.

SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que são vítimas de intrigas e calúnias. Dai-lhes forças para a sua cruz.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão continuamente rodeados de pessoas que se convencem de que eles são santos e os rodeiam de muitos perigos, além de os fazerem perder tempo. Senhor, fazei que eles não Vos percam de vista.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão tentados, em trevas, que não vêem o caminho, que não sabem mais o que fazer da sua vida, para que a Luz de que necessitam lhes seja dada. Tende piedade deles, Senhor!


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que já não têm a verdadeira fé, que se deixaram dominar por ideias falsas e já não acreditam nos sacramentos, não crêem na Vossa Presença Eucarística e admitem as faltas de respeito e os abusos. Jesus, perdão para estes sacerdotes. Mostrai-lhes os seus erros.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não obedecem ao Santo Padre e se afastam da Vossa Igreja. Suplicamo-Vos por eles; fazei-os voltar à obediência à Igreja.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de ter seguido o caminho do Sacerdócio, e para os que estão tentados a deixá-lo. Nós Vos pedimos que lhes deis Luz para verem o caminho e Amor para não o deixarem.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que cederam à tentação, Vos abandonaram, e agora erram pelo caminho do mundo. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento. Nós imploramos que eles voltem.


SENHOR, nós Vos imploramos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que estão arrependidos de Vos terem abandonado, mas não vêem possibilidades de mudar de vida, pelas responsabilidades que assumiram. Nós Vos pedimos que os envolvais com a Vossa Misericórdia.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que não se arrependeram de Vos terem abandonado e fazem gala da sua traição. Nós Vos pedimos para eles a graça do arrependimento e do perdão.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que resistem, que rezam e trabalham, pelos que cumprem o seu dever, que procuram agradar-Vos e não ao mundo, para que perseverem nessa atitude e avancem, cada vez mais, no caminho da santidade. Sede Vós próprio, Senhor, sempre a sua consolação e a sua alegria.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes que se afadigam e sofrem muitas necessidades e perigos nas Missões, para que sejam fortalecidos cada vez mais.


SENHOR, nós Vos pedimos uma gota do Vosso Preciosíssimo Sangue, como tesouro de graças, para os sacerdotes agonizantes e falecidos, para que, pelo Vosso Sangue, sejam purificados e conduzidos ao Vosso Reino.


SENHOR, nós Vos suplicamos Graça, Luz e Amor para todos os sacerdotes, para que eles conduzam até Vós os filhos que lhes confiastes e recebam, finalmente, a coroa de glória no Vosso Reino. Amém

DIA DO PADRE ( 4 DE AGOSTO DE 2010 )

Mensagem do Papa Bento XVI
Dia do Padre


Ser padre é ser abençoado e verdadeiramente escolhido por Deus. Sem dúvida nenhuma, somente alguém que tem Deus ao seu lado é capaz de realizar tantos feitos como celebrar a Eucaristia, pregar o Evangelho, acolher os pecadores, orientar e acompanhar como somente um pai pode fazer. Um pai espiritual dado pelo Senhor para nos guiar no caminho da salvação.Ser padre não é uma tarefa fácil! Deixar tudo é entregar-se completamente nas mãos do Senhor pede vocação, força e fé. Muita fé. O padre é um ser humano sujeito a tentações, fraquezas e também emoções e sentimentos. É claro que, em alguns casos, nem sempre os limites humanos são superados, mas a graça divina e a oração constante são a melhor ajuda para os momentos de dificuldade.O padre precisa de nós tanto quanto nós dele. Precisa do nosso apoio, colaboração e compreensão; precisa do nosso amor, da nossa amizade e de nossas orações. Precisa que rezemos pedindo que Deus o santifique, ampare e console nos instantes de fraqueza; que Deus lhe dê animo e coragem para seguir confiante e com alegria em sua missão.Este dia deve ser repleto de agradecimentos e louvor pelo padre que temos. Deve ser o dia de um abraço caloroso e fraternal, de um “muito obrigado” sincero e de festa. Ter um padre em nossas comunidades é uma benção de Deus e isto precisa ser celebrado com muito amor e alegria.Felicidades a todos os padres. Que Deus sempre os abençoe e guarde, hoje e sempre.

POLÍTICA E SOCIEDADE

O Senado Federal aprovou em segundo turno, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 64/07, da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que amplia a licença à gestante de 120 para 180 dias. A PEC, que recebeu 62 votos favoráveis e nenhum voto contrário, vai agora à Câmara dos Deputados.
A proposta altera a redação do inciso XVIII do artigo 7º da Constituição. Na prática, estende a todas as trabalhadoras o benefício que havia sido concedido pela Lei 11.770/08 às funcionárias das empresas que aderissem ao Programa Empresa Cidadã. Por essa lei, originada de projeto da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), as empresas que aderissem ao programa teriam benefícios fiscais.
Alguns estados, municípios e empresas do setor público também já haviam ampliado para seis meses a licença de suas servidoras gestantes, o que passará a ser obrigatório caso a Câmara confirme a decisão do Senado.
A PEC foi aprovada em primeiro turno no esforço concentrado do dia 7 de julho. O resultado foi comemorado pelos senadores e pelo público presente nas galerias do Plenário.
A autora da proposta, senadora Rosalba Ciarlini, disse que a PEC foi a primeira proposição que apresentou no Senado, fruto de suas observações quando atuava como médica pediatra.
- Via a angústia das mães quando tinham que voltar ao trabalho. Agora, a mãe vai voltar ao trabalho muito mais produtiva e tranquila, ao passo que a criança terá um desenvolvimento psíquico mais equilibrado e será um cidadão de paz - disse a senadora.

ESPAÇO TEOLÓGICO

O Deus da Revelação como assunto principal da Teologia
1. A Teologia, ciência de Deus e da salvação humana.

2. O questionamento moderno de Deus como objeto principal da ciência teológica.

3. A reflexão sobre Deus e sua repercussão teológica.

4. A inacessibilidade e afastamento de Deus como objeto do pensamento moderno.

5. A centralidade do mistério de Deus para a Teologia cristã.

6. Extensão do objeto da Teologia.

A Teologia, ciência de Deus e da salvação humana.


O interesse principal da Teologia é Deus e sua atividade salvadora em Cristo. É pois uma ciência teocêntrica. Todas suas afirmações são sobre Deus e a partir das afirmações sobre o ser de Deus procura entender suas ações e pretende dar sentido à existência do homem e do mundo.
A Teologia trata de Deus enquanto Deus, isto é, trata do Deus vivo da Revelação, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e de Jacó, o Deus Uno e Trino que se revelou na história da salvação.
“O Deus dos filósofos não é o Deus vivo e pessoal que a Bíblia nos testemunha, mas um fundamento do mundo, um Incondicionado e um Absoluto que não pode ser denominado com um Nome pessoa, mas mediante conceitos abstratos. Ao Deus dos filósofos não se pode rezar. Corresponde, sem dúvida, ao pensamento filosófico uma importante função. Proporciona acessos para a compreensão da fé e mostra que a fé em Deus, sobre passando em muito o puro pensar, não é irracional

“A Deus ninguém o viu jamais: o Filho único, que está no seio do Pai, Ele nos revelou” (Jo. 1,18).


A Teologia depende pois da Revelação dada por Cristo, o Filho Unigênito de Deus.
A Teologia estuda o ser de Deus na medida em que pode ser alcançado. Não esquece que Deus é um profundo mistério, que não pode ser conhecido como os demais objetos de conhecimento. A Teologia trata de Deus tanto em si mesmo, quer dizer, enquanto a sua essência, seus atributos e Pessoas, quanto como princípio e fim de todas as coisas. Diz um adágio antigo sobre a Teologia: “Theologia Deum docet, a Deo docetur, ad Deum ducit”.

O questionamento moderno de Deus como objeto principal da ciência teológica.

A afirmação de que Deus é o assunto central da Teologia foi posta em debate nos últimos anos. A dúvida sobre isso tem dois motivos: a) a perda do sentido cultural e filosófico do termo “Deus”; b) alguns pressupostos epistemológicos modernos, que declaram a Deus como um ser incognoscível e afastado de nós.
Como base dessa segunda postura temos 1) motivos religiosos: Deus seria totalmente transcendente, inacessível (crítica protestante da objetividade de Deus); 2) motivos filosóficos: Deus seria uma construção do pensamento humano, uma idéia (em sentido kantiano, metafisicamente inalcançável); 3) motivos metodológicos: alguns autores afirmam antes de tudo o homem e a sua salvação como aspectos centrais da teologia, colocando a pergunta sobre Deus em segundo lugar.

A reflexão sobre Deus e sua repercussão teológica.

A partir do século XVII a filosofia racionalista vai empobrecendo a concepção cristã sobre Deus. Não é possível aqui descrever todo esse processo, mas daremos os conteúdos fundamentais desse processo.
O processo começou quando a filosofia começou a tratar da mera “idéia de Deus” desligada das afirmações cristãs sobre Deus. O ponto final desse processo é a redução de Deus a uma mera categoria filosófica, cujo conteúdo é afirmado segundo as ideologias do momento. Esse processo termina assim no ateísmo, isto é a negação racional e absoluta da existência de Deus.
Nesse processo Deus foi confundido com o mundo, com o homem, até que se tornou uma idéia sem conteúdo da mente humana. Essas afirmações são sustentadas por filosofias deficientes, parciais. Por exemplo: para Descartes Deus era simplesmente a causa última que garante a ordem física do mundo; para Espinoza havia uma só substância no mundo, Deus ou o mundo; Kant entendia a Deus como uma idéia que serve de pressuposto à ordem moral e à liberdade humana. Hegel falará de um movimento histórico-dialético, no que o Absoluto se faz a si mesmo por infinitos elementos; Nietzsche proclamou a “morte de Deus” e a chegada do “super-homem”, isto é, o homem contemporâneo descartou o conceito de Deus e a partir de agora, o homem movido pela “vontade de poder” vai mover o mundo. Esse autor foi capaz de ver as conseqüências trágicas dessa “morte de Deus” para a humanidade: “que fizemos ao libertar esta terra do seu sol? Para onde ela se move? Para onde nos movemos, longe de todos os sóis? Não estamos caindo? Não vamos dando tombos para trás, para o lado, para adiante, para todos os lados? Há ainda um acima e um abaixo? Não vagamos através dum infinito nada? Não sentimos o espaço vazio? Não faz mais frio? Não anoitece cada vês mais?”

A inacessibilidade e afastamento de Deus como objeto do pensamento moderno.

a) A redução religiosa: tem sua origem em Lutero, que afirmou com toda a força a majestade de Deus e a correlativa insignificância e absoluta carência espiritual do homem. “Deus decidiu ser incognoscível e incompreensível ao margem de Jesus Cristo”, afirmou Lutero. Os homens ignorariam a Deus fora da Revelação e tendem a converte-lo em um ídolo. Não há possibilidade de conhecer a Deus pelas forças humanas somente. A revelação de Deus também não tem caráter especulativo para Lutero: “aquilo ao que se adere e se abandona o teu coração é propriamente teu deus.Outro autor protestante (calvinista) que afirma de forma absoluta a transcendência divina e Karl Barth (1886-1968). Esse autor tem uma obra monumental. Para ele, Deus é o “Absolutamente Outro”. O Deus da fé cristã é um Deus que fala e a única resposta adequada por parte do homem é a obediência. Não haveria para ele nenhuma caminho que vai do homem a Deus, só há a via recorrida por Deus que fala ao homem. O homem não pode conhecer nada de Deus por si mesmo, exceto o que ele mesmo revelou.

b) A redução filosófica: o filósofo moderno Immanuel Kant (1724-1804) apresentou de forma mais sistemática a incognoscibilidade metafísica de Deus para a razão humana. Sua filosofia exerceu enorme influência na filosofia e teologia contemporâneas. Na Critica da Razão Pura ele concluiu que o único conhecimento válido resulta da união de sensibilidade e entendimento ordenados pela atividade sintética a priori do entendimento. Deus para ele não pode ser conhecido pela razão, não pode ser objeto de estudo científico, é uma mera idéia da razão, cuja existência não resulta racionalmente demonstrável. Kant postula Deus como necessidade para a razão prática, como garantia da ordem moral. O sistema kantiano é a base da chamada “perda do objeto teológico”.

c) A redução antropológica: está presente na obra do filósofo Schleiermacher e também tem muitos efeitos na filosofia e teologia contemporâneas. O filósofo Martin Heidegger (1889-1976) reelaborou essa filosofia e trouxe graves conseqüências para a teologia. Segundo eles, a pergunta pelo homem é entendida como o único modo possível de apresentar a pergunta de Deus.
O teólogo que assumiu essa postura e a apresentou teologicamente é o luterano Rudolf Bultmann (1889-1976). Esse autor nos apresentou uma radical interiorização da mensagem evangélica, eliminando do crisitianismo todo o valor do tempo, do mundo, da história. A Revelação não é concebida como algo exterior à consciência do homem, mas seria um processo subjetivo de auto-compreensão e, mediante o kerygma, se percebe como salvo pela fé em Jesus. A cruz e a ressurreição deixam de ser eventos históricos e passam a ser algo que Deus causa na existência do crente. O centro dessa teologia é pois uma “tradução“, que elimina todo o conteúdo transcendente de fé cristã para converte-las em elementos imanentes (para fazer o cristianismo algo científico). Na teologia bultmaniana o objeto humano absorve o elemento divino da teologia. Dessa forma, em algumas áreas da teologia contemporânea se deixa de estudar a Deus e se passa a investigar se existe no homem as condições epistemológicas para conhecer a Deus e para entender o que nos diz a Bíblia. A teologia deixa assim de ter a Deus como objeto e passa a não ir mais além do homem.
Outro teólogo que quis levar esse projeto adiante foi o católico Karl Rahner (1904-1984): esse autor se esforçou para “mostrar que a teologia dogmática hoje deve ser uma antropologia teológica, e que o ‘giro antropológico’ é necessário e frutífero”. Ele queria uma reflexão teológica que resultasse significativa para o homem moderno, isto é, a teologia deve partir da antropologia transcendental kantiana.
A centralidade do mistério de Deus para a Teologia cristã:
A Teologia da Igreja parte da consciência de que a experiência bíblica sobre o Deus vivo dispõe de uma linguagem suficientemente clara e acessível à razão humana. Está consciente que Deus é um mistério, que nosso conhecimento é parcial, mas é verdadeiro conhecimento de Deus. A Teologia cristã não admite que a noção de Deus pode ser absorvida nos nossos discursos humanos. “Deus semper maior” afirmava Santo Agostinho, numa expressão clássica e admitida por todos os teólogos de bom senso. A verdadeira Teologia se esforça sempre por conhecer a Deus e não um ídolo.

Extensão do objeto da Teologia.

Já dizia Santo Tomás na Suma Teológica:

“Deus é o objeto desta ciência, porque o objeto está para a ciência como para a potência ou hábito. Ora, propriamente, é considerado objeto de potência ou hábito aquilo sob cujo aspecto se lhes refere qualquer coisa. Donde, referindo-se à vista, enquanto coloridos, o homem e a pedra, é a cor o objeto próprio da vista. Ora, a sagrada doutrina tudo trata com referência a Deus, por tratar ou do mesmo Deus ou das coisas que lhe digam respeito, como princípio ou fim. Pelo que, é Deus, verdadeiramente, o objeto desta ciência – o que também se demonstra pelos princípios da dita ciência, ou artigos da fé, de que Deus é objeto. Ora, idêntico objeto têm os princípios e toda a ciência, por estar a última, total e virtualmente, contida nos princípios. – Certos, porém, atendendo às matérias tratadas e não ao ponto-de-vista, a esta ciência assinalaram outro objeto; como, a realidade e os símbolos, ou as obras da reparação; ou todo Cristo, isto é, a cabeça e os membros. E, com efeito, são consideradas nesta ciência todas essas matérias, se bem com relação a Deus”.

ESPAÇO CNBB ( NOTÍCIAS )

SEMINARISTA É MORTO A TIROS NO CENTRO DE SÃO LUIZ DO MARANHÃO
No próximo dia 4, a Coordenação Diocesana de Pastoral, a Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz, a Pastoral da Comunicação Diocesana, o Seminário Arquidiocesano Santo Antônio e a paróquia São Pantaleão, todos situados em São Luiz (MA), farão uma marcha lembrando os 30 dias do assassinato do seminarista Mário Dayvit.
O seminarista foi morto na noite do dia 4, quando saía de casa, na Rua São Pantaleão, Centro de São Luiz. Ele estava acompanhado da avó, com quem morava. Mário foi morto com tiros altura dos pulmões e coração.
Leia abaixo a carta enviada pelos organizadores do evento:
Marcha contra a Violência Urbana e pela Revitalização de São Luís
Dia 4 de agosto, às 16.00h
Concentração na frente da Igreja da Sé
Reviveremos o trigésimo dia do assassinato do seminarista Mário Dayvit, cuja vida foi barbaramente tirada, na porta da casa de seus pais, quando se encontrava em companhia de sua avó.
Mário era um jovem de grandes sonhos, com sua ordenação ao diaconato marcada para o dia 4 de fevereiro do próximo ano. Conhecido pela sua dedicação à Igreja Católica, Mário respondia, com muita responsabilidade, pelo serviço de comunicação da Arquidiocese de São Luís.
Esta tragédia que aconteceu com Mário, como com tantos outros jovens que morrem, diariamente, é o clamor para que nos unamos em torno de um Projeto de Cultura da Paz.
A violência presente em nossas ruas do Centro de São Luís, intimamente ligada ao abandono do Centro Histórico, ao esvaziamento de suas ruas e casarões, exige uma tomada de posição concreta das autoridades, que vêm sendo cobradas, a cada dia, pela mídia local, entidades da sociedade civil e pela Igreja Católica.
Nós queremos vida e segurança para todos, a partir do Centro Histórico da Capital do Maranhão, São Luís, reconhecida como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, mas que não está no centro da atenção e dos cuidados dos órgãos públicos da Prefeitura e do Governo do Estado.
Venha participar dessa Marcha da Paz, trazendo faixas de apelo por uma sociedade de paz e denúncia de violências em nossas comunidades.
Divulgue este ato e anime sua comunidade a se fazer presente no dia 4 de agosto, às 16.00h
Percurso: Concentração em frente da Igreja da Sé, em direção ao Tribunal de Justiça; rua Grande; rua do Passeio; Cajazeiras, rua de São Pantaleão, finalizando a caminhada da paz na Igreja de São Pantaleão, onde acontecerá a Celebração da Missa de Trigésimo, às 18.00h, em memória de Mário Dayvit e de todas as vítimas da violência.

ESPAÇO FILOSÓFICO

Sociedade: Sinônimo de Proteção?

Cena comum do cotidiano de qualquer paulistano: alguém chega e conta que teve o carro furtado ou roubado. Se tem seguro, menos mal. Porém, se não tem, o prejuízo é grande. Não é incomum que alguém se admire da pessoa ter adquirido um carro sem seguro. Mas, na verdade, temos de nos admirar de habituarmo-nos a viver em uma sociedade assim, em que para termos um automóvel, obrigatoriamente, temos de mantê-lo no seguro.
As pessoas deixam de sair à noite, mudam seus trajetos para evitar ruas ou lugares perigosos, param nos semáforos com medo, colocam grades nas janelas, blindam seus carros... como se isto fosse o natural, como se fizesse parte da vida em sociedade. Quando a idéia primeira de viver em sociedade é a de proteção das pessoas.
As primeiras pessoas que se uniram em grupos, fizeram-no com o intuito de se protegerem mutuamente, não apenas dos perigos da própria natureza, mas também de grupos rivais. Mais tarde, surgiu a figura do Estado, chamando para si o direito de punir como forma de garantir a segurança das relações sócio-jurídicas e neste momento, da gênese do Estado como garantidor do bem comum, as pessoas abriram mão de uma parte de sua liberdade como contrapartida da almejada segurança . Assim, a noção de vida em sociedade só se justifica se houver a garantia de segurança.
Mas, atualmente, viver em sociedade, pelo menos neste momento nas grandes cidades brasileiras, tornou-se o avesso disto. A violência domina as conversas cotidianas, rege a vida das pessoas, obrigando-as a mudar sua rotina e serve, também, de mote para que políticos inescrupulosos usem-na como palanque eleitoral.
Faz-se premente que o Estado, ou as pessoas que lhe fazem as vezes, tomem a iniciativa de refazer o pacto social. Cada vez que um cidadão experimenta sensação de insegurança, da ausência do Estado protetor, abrem-se as portas para o desrespeito à lei e à ordem imposta, pois ele sente-se só, deixado à própria sorte e, por outro lado, aquele que infringiu a lei e viu-se impune, sente-se livre para continuar a agir.
Reza o texto constitucional que a segurança é um direito social. Direitos sociais são comandos para o Estado, são diretrizes que o Estado traçou para si mesmo, e, quando ele próprio não cumpre suas determinações é um exemplo para que seus comandados também não o façam.
Apenas medidas concretas e efetivas demonstrarão à sociedade que o pacto social não foi rompido. Ignorar a carência destas por mais tempo e postergar as providências necessárias, é furtar-se ao dever precípuo de Estado.

EVANGELHO DO DIA ( Mt 15, 21-28 )

Naquele tempo, 21Jesus retirou-se para a região de Tiro e Sidônia. 22Eis que uma mulher cananéia, vindo daquela região, pôs-se a gritar: "Senhor, filho de Davi, tem piedade de mim: minha filha está cruelmente atormentada por um demônio!" 23Mas, Jesus não lhe respondeu palavra alguma. Então seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: "Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós".24Jesus respondeu: "Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel". 25Mas, a mulher, aproximando-se, prostrou-se diante de Jesus, e começou a implorar: "Senhor, socorre-me!" 26Jesus lhe disse: "Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos".27A mulher insistiu: "É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!" 28Diante disso, Jesus lhe disse: "Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!" E desde aquele momento sua filha ficou curada. Palavra da Salvação/ Glória a vós Senhor!

REFLEXÃO DO EVANGELHO

Na primitiva comunidade cristã, havia uma classe de cristãos, provenientes do judaísmo, cuja tendência era não se abrir para os pagãos. Acreditavam ser os destinatários exclusivos da Boa Nova cristã. Por conseguinte, os pagãos estariam excluídos do Reino anunciado por Jesus.
Foi preciso combater esta rigidez, apelando para a sensibilidade do Mestre em relação à fé dos pagãos.
O episódio da mulher cananéia prestou-se bem para esta finalidade. A mulher pagã foi persistente no seu objetivo: a cura da filha atormentada por um demônio. Por isso, não se intimidou diante dos discípulos, nem de Jesus, até ver realizado o seu desejo. Nem a má-vontade daqueles, nem a dureza das palavras do Mestre foram suficientemente fortes para fazê-la esmorecer.
Os discípulos queriam ver-se livres daquela mulher importuna. Sua gritaria deixava-os irritados, a ponto de pedirem a Jesus que a mandasse embora. Não convinha que o pedido de uma mulher pagã fosse atendido por ele.
Jesus, por sua vez, também deu mostras de relutar em atendê-la, até o ponto de usar o termo “cães”, com que os judeus costumavam chamar os pagãos. Mas, afinal, dobrou-se diante de uma fé evidente, tendo realizado o desejo da mulher pagã.
Como Jesus, a comunidade cristã deveria deixar de ser inflexível em relação aos pagãos convertidos à fé, abrindo para eles as portas da comunidade.